segunda-feira, 2 de junho de 2008

Potuguês - 3° EM - 1ª etapa

Avaliação Bimestral de Português

3° do Ensino Médio – 1ª etapa – 2008

Pofª Tetê Macambira

01. Emescam-ES O emprego da expressão abaixo em negrito vai de encontro ao “bom uso” da nossa língua, em:

a) Dadas as nossas origens e objetivos, existe, entre mim e eles, uma separação formal e intransponível.

b) A EMESCAM fica situada na Avenida Nossa Senhora da Penha.

c) Daqui há pouco tempo estaremos iniciando o século vinte e um.

d) Aproveito-me desta oportunidade, para agradecer-lhe a gentileza do gesto.

e) Antigamente, enviavam-se muitas cartas em mão.

INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e julgue em V para verdadeiro e F para falso os itens da questão 2.

“Agora in Brasile, la mejor Parker Collection du monde.

Gracias à abertura da nossa

economia, a Parker do Brasil ha

portato a tutti noi a crème de la

crème das Parkers do mundo:

Duofold Centennial, Premier,

95, 88, 180 e mucho más.

I tutto para você pagar com

money brasileiro. Come on,

venga a buscar la suya.

Perché si non vous puede ficar

sem, capisci?”

Revista Veja/SP.

02. UFMT / adaptada

( ) A fábrica de canetas Parker explorou o fenômeno, da globalização lingüística, cultural e econômica para lançar seu produto no mercado brasileiro.

( ) As palavras estrangeiras funcionam, no texto, como argumentos a favor da simplicidade do produto anunciado.

( ) As palavras gracias, tutto e monde são formadas a partir de radicais presentes nas palavras correspondentes do português.

( ) O fato de o espanhol, o italiano e o francês, assim como o português, serem línguas neo-latinas facilita a compreensão da mensagem pela propaganda.

( ) O sentido de money e come on é evidente no texto, porque a língua inglesa é também uma língua neo-latina.

( ) Na Babel global, recriada por esse texto, a confusão de línguas também impede a comunicação.

A seqüência correta se encontra no item:

a) V – F – V – V – F – F

b) V – F – V – F – F – F

c) V – V – V – V – F – V

d) F – V – V – F – F - V

e) F – F – V – V – F – F

03. UEMS Leia o texto de Rachel de Queiroz e, depois, assinale a alternativa correta.

“(...) Esse negócio de língua estrangeira em país colonizado é fogo. A começar que a nossa língua oficial, o português, nós a recebemos do colonizador luso, o que foi uma bênção. Imagina se, como na África, nós tivéssemos idiomas nativos fixados em profundidade, ou, então, se fosse realidade a falada ‘língua geral’ dos índios, que alguns tentaram, mas jamais conseguiram impor como língua oficial do brasileiro. Mesmo porque as tribos indígenas que povoaram e ainda remanescem

pelos sertões, cada uma fala o seu dialeto; o pataxó, por exemplo, não tem nada a ver com o falar dos amazônicos; pelo menos é o que informam os especialistas.

Mas, deixando de lado os índios que nós, pelo menos, pretendemos ser, falemos de nós, os brasileiros, com o nosso português adaptado a estas latitudes e língua oficial dos nossos vários milhões de nativos. Pois aqui no Brasil, se você for a fundo no assunto, toma um susto. Pegue um jornal, por exemplo: é todo recheado de inglês, como um peru de farofa. Nas páginas dedicadas ao show business, que não se pode traduzir literalmente por ‘arte teatral’, tem significação mais extensa, inclui as apresentações em várias espécies de salas, ou até na rua, tudo é show. E o leitor do noticiário, se não for escolado no papo, a todo instante tropeça e se engasga com rap, punk, funk, soap-opera, etc., etc. Cantor de forró do Ceará, do Recife ou Bahia só se apresenta com seu song book, onde as melodias podem ser originalmente nativas, mas têm como palavras-chave esse inglês bastardo que eles inventaram e não se sabe se nem os próprios americanos entendem.

No esporte é a mesma coisa, ou pior. Já que os nossos esportes foram importados (até a palavra que os representa – sport – é inglesa). O meu querido ministro Pelé tenta descaracterizar o neologismo, chamando-o de ‘desporto’. Mas não pega.

Verdade que o jornalismo esportivo procura aclimatar o dialeto, traduzindo como pode os nomes importados – goal keeper já é goleiro, back é beque, e há traduções já não tão assimiladas que ninguém diz mais senão ‘centroavante’, ‘meio-de-campo’, etc. Engraçado nós sermos um país tão apaixonado por esporte, especialmente o futebol (não mais foot-ball), e nunca fomos capazes de inventar nenhuma modalidade de peleja esportiva. Os índios têm lá os jogos deles, mas devem ser chatos ou difíceis, já que a gente não os conhece nem de nome. Ficamos nas adaptações tipo ‘futevôlei’, que, pelo menos, é engraçado.”

Rachel de Queiroz.

Palavras como show, rap, funk e hot dog, hamburger, milk shake:

a) São estrangeirismos que, segundo a gramática normativa, são termos necessários que assumem forma da língua portuguesa e podem ser usados quando necessários.

b) Atestam a pobreza lingüística da língua portuguesa, incapaz de formar palavras para designar aqueles elementos.

c) São anglicismos que poderiam muito bem ser excluídos da língua que falamos.

Correio do Estado 21/05/2000.

d) São galicismos que poderiam muito bem ser excluídos da língua que falamos.

e) São estrangeirismos e por isso não contribuem para a boa linguagem.

GABARITO

01.C 02. A 03. A

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