quinta-feira, 27 de setembro de 2007

"Um Lápis no Coração"

Título sugestivo para esse site que coordena confidências bem-humoradas, banda desenhada (tirinhas) e fotografias da artista Laurel. É o título do blogue da Laurel, uma francesa cujos desenhos me encantaram e passei a ser uma visitante freqüente. Obviamente, o conteúdo está todo em francês. Para os francófonos, eu aconselho a visitá-lo. Vale a pena e a pluma.

Mas para os que não dominam a língua, pas de problème! muitas das imagens já falam por si só. Vale conferir!

Na postagem de 20 de setembro deste ano, ela escreveu:

"Je ne comprends jamais" (eu nunca entendo)
(tradução: Nãããão!!!! eu vou perder o jogo Paris vs Itália no sábado!!!)

Hilário. qualquer mulher que já tenha convivido com um fanático por futebol sabe o que isso significa. Hehehe....

Mais uma, só para finalizar:

hehehehe....

Oração das Mulheres



Oração das mulheres

Que o mar vire cerveja e os homens, tira-gosto,
Que a fonte nunca seque,
e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,
porque esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos,
E que nosso filhos tenham pais ricos e mães gostosas!
Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios... se tiver tempo;
Deus... Eu vos peço sabedoria para entender um homem,
amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos,
porque Deus, se eu pedir força, eu bato nele até matá-lo.
Um brinde... Aos que temos, aos que tivemos e aos que teremos.
Um brinde também aos namorados que nos conquistaram,
aos trouxas que nos perderam
e aos sortudos que ainda vão nos conhecer!
Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!

Amém.

(autora: anônima)

No Anorexia!


Campanha com modelo anoréxica rouba a cena na Semana de Milão
Uma campanha publicitária que usa uma modelo anoréxica está roubando a cena na abertura da Semana Internacional da Moda de Milão.

Os anúncios, expostos em jornais e outdoors italianos, mostram uma modelo nua sob os dizeres "No Anorexia" ("Não Anorexia"). A modelo é a jovem francesa Isabelle Caro, que pesa apenas 31 quilos.

A campanha é cria do italiano Oliviero Toscani, conhecido pelas polêmicas campanhas da Benetton nos anos 80 e 90 que usavam fotos abordando temas como Aids, guerra e racismo.

Em entrevista à BBC Brasil, Toscani defendeu a nova campanha, dizendo que, em contraste com o corrente no mundo da publicidade de moda, ela busca uma aproximação com a "condição humana".

"Toda a publicidade de moda e as revistas e os jornais de moda se afastaram dela, se tornaram abstratas, esvaziaram o ser humano. A gente olha essas campanhas e vemos o vazio, e dizemos a nos mesmo: essas pessoas são como garrafas vazias", diz Toscani.

Prioridade

A campanha, da griffe de moda Nolita, contou com o aval do Ministério da Saúde da Itália.

A luta contra a anorexia é uma das prioridades do governo do premiê Romano Prodi. Hoje, cerca de 2 milhões de italianos sofrem da doença e de bulimia.

A ministra da Saúde Lívia Turco afirmou, em nota oficial, que “uma iniciativa como esta é importante para abrir um canal de comunicação privilegiado com o público jovem, através de uma mensagem clara e capaz de chamar a responsabilidade para este drama”.
Oliviero Toscani criou a campanha tendo em vista um público muito mais amplo do que os consumidores de moda.

“A idéia não é uma campanha para o povo da moda, mas sim para quem olha para moda, para as meninas, as jovens, as estudantes, todos os públicos. O rei está nu”, disse ele.

O fotógrafo, que já tinha abordado o tema em um filme que chegou a ser apresentado no festival de Locarno, acha que "a responsabilidade deste problema não é apenas do mundo da moda".

"Existem as mães, a família, a desilusão de quem não se identifica com a imagem projetada pela mídia. Uma garota vê uma foto de moda ou uma imagem da televisão e pensa consigo mesma: 'Eu não poderia nunca ser assim', e assim tenta desaparecer, se auto-destruir, é um drama”, afirmou Toscani.

Ele conta que não foi difícil encontrar uma menina anoréxica. “Eu a procurei com um diretor de cinema busca uma atriz para um filme.”

'Imoral'

Mas vender roupa usando como imagem quem não tem como vesti-la não foi uma estratégia fácil de ser colocada no mercado. O principal jornal da Itália, o Corriere della Sera, se recusou a estampar a fotografia.

A campanha também ficou longe das ruas da França, sendo vetada nos outdoors. “A justificativa era de que a imagem era imoral. Não somos, ainda, civilizados“, afirmou Toscani.

Toscani acredita que, mesmo com a polêmica em torno da campanha, ela deve ter bons resultados.

“Acho que isso pode ser o começo de um novo ciclo de publicidade, vamos ver o que acontece. Não são tantos os clientes que possuem a coragem de fazer uma campanha como esta. Todos pensam que a comunicação publicitária deve ser falsa ou artificial, mas eu acho que se pode fazer algo interessante e tirar vantagens econômicas ao mesmo tempo.”



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A recusa do povo em saber a verdade é algo que sempre me fascina. É como se dissessem: "Por favor, não nos mostre que não queremos saber que isso de fato existe."

Estranho, para dizer o mínimo, essa negação da realidade.


Toscani tem razão. E está de parabéns por tentar alertar o povo dos males atuais.

A professora me deu 9,0 pelo rascunho!


Charge de Clayton, no Jornal O Povo

Fiscalizava uma prova de redação para o 8º ano. Um dos alunos, sem pretensões de fazer a prova, pendurou em sua orelha um brinco um pouco longo e começou a brincar... balançando a cabeça para ver se alcançava o brinco com a própria boca.... Éééééé..... o negócio estava sério. Resolvi - de pura bandalheira e para não ver mais essa cena dantesca - fazer um rascunho da seguinte proposta:

Redija uma carta de indignação sobre o caso Renan Calheiros.
Eis meu rascunho:

Estava à toa na vida, mas nenhuma banda apareceu. Que saudades dos tempos que não vivi! Quem sabe assim, eu não estivesse no mais profundo desencantamento com o atual quadro político.

O pior: a consciência de que tal corrupção sempre existiu, apenas hoje estamos cientes dos fatos. E quem disse que provar da fruta da árvore do conhecimento traz felicidade? estamos mais sabedores e sofrendo mais por averiguar que, no final, a impunidade permanece a mesma. E Renan Calheiros está a provar isso.

Sentimo-nos escorraçados, ainda que metaforicamente, do éden da ignorância e ansiamos por nos cobrir, envergonhados de tanta injustiça reinante neste país.

Indignação? não somente, mas sobretudo frustração impotente. Porque é quase certo que o resultado do Mensalão não tenha realmente surpreendido uma grande maioria. Mas é inegável que havia, sim, no mais recôndito fio de esperança, uma sede de justiça luzindo. E que triste a realidade. No mínimo, decepcionante.

O que resta ao povo - assim como eu - fazer? Ficar à toa na vida, na esperança do velho binômio "pão e circo" aplacar, miminizar essa indignação.

Tetê Macambira

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Naruto



O Yahoo! está com uma proposta interessante: alguém posta uma pergunta e os demais podem respondê-las. A cada resposta o usuário ganha pontos. Ao fim do prazo do tempo para respostas, o dono da pergunta escolhe a melhor resposta; mais pontos para o respondedor!

E uma pergunta saltou: O que vc acha do Anime/Mangá Naruto?

Aqui vai uma versão mais estendida da minha resposta:


As personagens representam um quadro complexo de arquétipos e é interessante perceber com qual deles a pessoa se identifica; isso dirá muito do que ele pensa acerca de si mesmo.

São personagens inclusas num mundo neo feudalista, de poder aquisitivo médio a pobre, no qual desde cedo se tem que trabalhar a fim de obter o próprio sustento. Como se trata de uma vila, ainda por cima "oculta", ou seja, inacessível - ou quase - aos demais, a população mantém laços estreitos entre si mesmos. Fazem de tudo a fim de proteger as pessoas que lhes são caras e a própria vila (sentimento de família e pátria).

Naruto é apenas um pretexto para que se apresente as histórias (quase sempre dramáticas) das outras personagens, na maioria, jovens que têm que aprender a crescer rapidamente e que buscam o RECONHECIMENTO (palavra essa muito repetida em quase todos os episódios) pelo seu valor intrínseco, chegando mesmo ao limite de suas forças, não importando se vão se bater contra alguém mais forte. A superação é vital a eles.

Como se não bastasse, há - pelo menos - três empecilhos para que Naruto não seja considerado como um igual entre os jovens de sua aldeia e os demais habitantes: primeiro, ele é órfão (quem são os pais de Naruto? isso não é respondido desde o início para que a surpresa, no final, seja maior); segundo, ele mantém um monstro em si, um monstro que destruiu a vila no passado (estranho... foi por causa dele que a raposa de nove caUdas - e não caLdas, como o animê traduziu... grlll... - pôde ser "reduzida" a um selo no umbigo de Naruto; ou seja, ele poderia ser considerado o guardião do monstro e não o próprio monstro... ah, ignorância! como dóis aos outros!); terceiro, ele é burro! burro! burro! e burro!... Tapado mesmo! E, pior: adora chamar a atenção, faz barulho demais, é crédulo demais.... Nossa! é de uma inocência que chega a ser ridicula!

Mas é isso que o torna tão humano. ^^ ... ele está a milhas de distância longe da perfeição; são essas idiossincrasias dele que fazem a gente rir e balançar a cabeça quando nos deparamos com mais uma "rata", um lapso dele.

Engraçado que Naruto me lembra um clássico e outro fenômeno da literatura infanto-juvenil: o primeiro seria "Oliver Twist", de Charles Dickens e o segundo, de Howling (eu aho que esqueci como é que se escreve...), "Harry Potter".
Assim como estes, Naruto também sofre horrores do seu meio social por ser diferente dos demais.

Enquanto Oliver Twist é explorado por ser órfão e levado a um sistema semi escravocrata na Inglaterra do final do século XIX, sua vontade de fugir é imperiosamente necessária à sobrevivência e à sua sanidade mental. Num mundo onde ele só conhece violência, as grades de ferro da sua prisão enferrujadas cedem à sua vontade de se evadir e ir em busca da conquista de uma posição social onde ele possa ser reconhecido como alguém capaz e digno de admiração.

Harry Potter sofre o mesmo conceito, mas as suas grades não se enferrujam, ele escapa para um mundo mágico no qual ele é reconhecido , mas mesmo assim sofre perseguições e tem que se empenhar mais e mais em permanecer fiel aos seus próprios ideais.

Naruto sofre mais do que esses dois, posto que ele convive num isolamento moral e seu empenho não é apenas em ser reconhecido, mas superar a si mesmo. Eu gostaria de saber o quanto o Quarto Hokage sabia que o filho não o decepcionaria? (reza a lenda que Naruto é filho do Quarto Hokage, o que selou a Kyubi no umbigo de Naruto... ops! não era para contar, não?... foi mal.... hohoho)

O que nos fascina nesses personagens é como eles conseguem ser gentis e preocupados com os outros. São não tão inteligentes, todavia esbanjam carisma e persistência. É a essência de ser um bom homem que permeia essas histórias e nos leva a ficar com aquela trava na garganta enquanto seguimos, aflitos, as façanhas e as peripécias desses jovens que descobrem que podem ser bons, apesar de todas as dificuldades.

E sabendo que nossos jovens estão adorando assistir a esses episódios ou a lê-los, temos esperança de que o futuro poderá, sim, sorrir. porque nossos jovens ainda gostam de histórias que os façam ter vontade de crescer moralmente.

Para saber mais:

http://www.naruto.com.br/

Para baixar episódios de Naruto:

http://www.redeunlimited.com/