segunda-feira, 25 de maio de 2009

2apART6efMT.09 - Gabarito





Avaliação Parcial de Artes
6º EF – manhã / tarde – Profª Tetê Macambira
27 de maio de 2009 – Total de escores: 30


01. O que é música? (1 esc) ..................................................................................................................................................

02. Quais são as sete notas naturais? (7 esc)
............................................................................................................................................
03. Organize os versos, dos quais Frei Guido D’Arezzo retirou as sete notas naturais, em meados de 1600, numerando-os de 1 a 7: ( 7 esc)

( ) Resonare fibris
( ) Famuli tuorum
( ) Ut queant laxis
( ) Mira gestorum
( ) Solve polluti
( ) Sancte Ioannes
( ) Labii reatum

04. Marque R para o som ruído e M para o som musical: (5 esc)

( ) buzinas de carros no tráfego consgestionado
( ) ópera de Mozart pela Orquestra Sinfônica de Eleazar de Carvalho
( ) gritos dos alunos saindo do colégio
( ) vaias a uma apresentação preducial
( ) músicas de Legião Urbana tocando em boa intensidade no rádio

05. você estava “curtindo” aquele som favorito em sua casa, bem ALTO, quando sua mãe reclamou: -“Abaixa o volume desse som!”
Responda: a sua mãe usou o termo “volume” corretamente? Se não, corrija. (2 esc)


06. Relacione o instrumento à sua correta classificação: (3 esc)

a. Instrumento de sopro ( ) tambor
b. Instrumento de cordas ( ) flauta doce
c. Instrumento de percussão ( ) piano

07. Frei Guido D’Arezzo fez as notações musicais, mas o UT era difícil de ser cantado.

Responda: (2 esc)

a) quem foi o maestro italiano que substituiu o UT pelo DO ?

b) em que ele se baseou para trocar pelo DO; de onde ele tirou esse DO ?


08. Marque APENAS as três características da música:

( ) melodia ( ) harmonia ( ) ritmo
( ) volume ( ) intensidade ( ) duração



09. Comente brevemente sobre o gênio da música, Wolfgang Amadeus Mozart. (1 esc)


10. Desenhe um pentagrama – com o auxílio de uma régua - com uma clave de sol desenhada nela.. (2 esc)

Gabarito:
01. Arte de combinar harmonicamente os sons
02. Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si
03. 2 - 4 - 1 - 3 - 5 - 7 - 6
04. R - M - R - R - M
05. Não. O certo é intensidade"
06. c - a - b
07. a) Giovannio Doni
b) Ou foi pelo final do nome de Frei GuiDo, ou poela primeira sílaba do prórpio sobrenome, DOni.
08. melodia - harmonia - ritmo
09. (sugestão retirada da Wikipédia)
Wolfgang Amadeus Mozart (AFI: [ˈvɔlfgaŋ amaˈdeus ˈmoːtsart], nome completo: Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus Mozart[1]; 27 de Janeiro de 1756 – 5 de Dezembro de 1791)[2], foi um compositor prolífico e influente do período clássico, autor de mais de 600 obras - muitas tidas como referências da música sinfônica, concertante, operática, coral, pianística e de câmara - e um dos compositores de música clássica mais populares de todos os tempos.

Mozart mostrou uma habilidade prodigiosa desde sua infância em Salzburgo. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa; aos dezessete anos foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém sua inquietação o fez viajar em busca de um novo cargo, sempre compondo profusivamente. Ao visitar Viena em 1781 foi afastado de seu cargo em Salzburgo, e optou por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos na cidade produziram algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidas, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura foram assunto de diversas histórias e lendas; deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.

Mozart sempre aprendeu vorazmente com outros compositores, e desenvolveu uma maturidade e brilho característicos em seu estilo, que variam do claro e gracioso ao obscuro e apaixonado - um conjunto moldado por uma visão da humanidade "redimida através da arte, perdoada e reconciliada com a natureza e com o absoluto".[3] Sua influência em toda a música ocidental é profunda. Ludwig van Beethoven compôs suas primeiras obras seguindo os passos de Mozart, sobre quem Joseph Haydn escreveu que "a posteridade não verá um talento como esse em 100 anos".[4]
10. Conferir imagem no início desta prova. ;)

domingo, 3 de maio de 2009

Exercícios do pré-modernismo ao pós-modernismo


EXERCÍCIOS: PRÉ-MODERNISMO AO PÓS-MODERNISMO
1. (FCC-BA) Obra pré-modemista eivada de informações históricas e científicas, primeira grande interpretação da realidade brasileira, que, buscando compreender o meio áspero em que vivia o jagunço nordestino, denunciava uma campanha militar que investia contra o fanatismo religioso advindo da miséria e do abandono do homem do sertão. Trata-se de:
a) O Sertanejo, de José de Alencar.
b) Pelo Sertão, de Afonso Arinos.
c) Os Sertões, de Euclides da Cunha.
d) Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
e) Sertão, de Coelho Neto.
2. O autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente.
O autor descrito acima é:
a) Euclides da Cunha
b) Graça Aranha
c) Manuel Bandeira
d) Lima Barreto
e) Graciliano Ramos
3. Crítico feroz do Modernismo, grande incentivador da disseminação da cultura, defensor dos valores e riquezas nacionais; conhecido, particularmente, pela sua grande obra infantil, em que se destacam os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
O nome do autor a que se refere a alternativa acima é:
a) Lima Barreto
b) José Lins do Rego
c) Monteiro Lobato
d) Mário de Andrade
e) Cassiano Ricardo
4. Obra que opõe a supremacia ariana e a energia do dominador sobre o mestiço fraco à harmonia entre os povos.
a) Vidas Secas
b) Negrinha
c) Clara dos Anjos
d) Canaã
e) Malasarte
5. Assinale a alternativa em que não estejam presentes duas características do trabalho literário de Augusto dos Anjos.
a) utiliza termos científicos e é pessimista.
b) angustia-se com a decomposição da carne e fala na Dor.
c) causou escândalo por sua linguagem por seu vocabulário incorreto e de mau gosto.
d) faz versos com linguagem técnica da Física, Química e Biologia e acredita que as forças da matéria conduzem ao Mal e ao Nada.
e) contempla a destruição sem interferir e preocupa-se com os efeitos da Dor na sociedade.
6. (MACK)
“D. Sebastião, Rei de Portugal”
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a sorte não dá.
Não soube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
os versos acima encaixam-se na obra de:
a) Alberto Caeiro
b) Ricardo Reis
c) Fernando Pessoa
d) Camões
e) Bocage
7. (UNICAMP) O poema “Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro", de José Paulo Paes, remete-nos ao poema x de "O guardador de rebanhos", de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa). Leia atentamente os dois poemas, transcritos a seguir, e identifique no poema de Alberto Caeiro as falas que, segundo o poema de José Paulo Paes, poderiam ser atribuídas a Pessoa e a Caeiro, respectivamente. Justifique sua resposta.
Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro
[Pessoa] - a chuva me deixa triste...
[Caeiro] - a mim me deixa molhado.
Poema x (O guardador de rebanhos)
“Olá, guardador de rebanhos,
Ai à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?”
“Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti, o que te diz?”
“Muita cousa mais do que isso,
Fala-me de muitas outras cousas
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.”
“Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti”.
8. (ABC) A alternativa que apresenta erro na correlação autor/obra/época, é:
a) Fernando Pessoa / Clépsidra / Século XX
b) Eça de Queirós / Os Maias / século XIX
c) Bocage / Sonetos / século XVIII
d) Vieira / Sermões / século XVII
e) Camões / Os Lusíadas / século XVI
Texto para as questões de 9 a 11
O mistério de cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece.
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que
os homens
Pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto nas cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada a compreender
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos;
As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas...
9. (MACK) O texto, extraído de “O Guardador de Rebanhos”, mostra a forma simples e natural de sentir e dizer de seu autor, voltado para a natureza e as coisas puras. A leitura do texto mais as informações acima permitem que se conheça o poeta a quem os versos são creditados.
Assinale a alternativa em que se encontre o seu nome.
a) Fernando Pessoa “ele-mesmo”
b) Álvaro de Campos
c) Ricardo Reis
d) Alberto Caeiro
e) Camilo Pessanha

10. (MACK) o autor do texto é considerado um dos maiores fenômenos da Literatura Portuguesa, tendo sido representante e porta-voz de um grande movimento literário.
Assinale a alternativa em que se encontre o nome de tal movimento.
a) Modemisrno
b) Arcadismo
c) Simbolismo
d) Romantismo
e) Humanismo
11. (MACK) Não é característica da obra do poeta em questão:
a) A troca do “pensar” pelas “sensações”
b) O combate à metafísica, ao subjetivismo
c) O paganismo
d) Sofrer pela efemeridade das coisas e a fatalidade da Morte
e) A simplicidade e a ligação com a natureza
12. Assinale a alternativa correta:
a) Mário de Sá-Carneiro foi um poeta importante da Geração Presencista portuguesa
b) Os orfistas deram início ao Modernismo português, em 1915, com a publicação da revista “Orpheu", representaçãoda “Renascença Portuguesa”.
c) José Régio introduziu o Neo-Realismo em Portugal, através da obra Gaibéus em 1940
d) José Saramago escreveu O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Memorial do Convento
e) Alves Redol pertenceu à terceira geração do Modernismo português e escreveu o romance História do Cerco de Lisboa
13. Um dos nomes abaixo não pertence a heterônimos ou semi-heterônimos de Fernando Pessoa:
a) Ricardo Rei
b) Humberto de Campos
c) Alberto Caeiro
d) Bernardo Soares
e) Chevalier de Pas
14. (MACK) A respeito de Fernando Pessoa, é incorreto afirmar que:
a) Não só assimilou o passado lírico de seu povo, como refletiu em si as grandes inquietações humanas, do começo do século
b) Os heterônimos são meios de conhecer a complexidade cósmica impossível para uma só pessoa.
c) Ricardo Reis simboliza uma forma humanística de ver o mundo através do espírito da Antiguidade Clássica.
d) Junto com Mário de Sá-Carneiro, dirige a publicação do segundo número de “Orpheu" em 1916.
e) A Tabacaria de Alberto Caeiro, mostra seu desejo de deixar o grande centro em busca da simplicidade do campo.
15. (FUVEST) Participaram da primeira geração do movimento modernista português:
a) Eugênio de Castro - Mário de Sá-Carneiro - João de Deus
b) Camilo Pessanha - Antônio Nobre - Guerra Junqueiro
c) Antero de Quental - Fernando Pessoa - Cesário Verde
d) Fernando, Pessoa - Mário de Sá-Carneiro - Almada Negreiros
e) Almada Negreiros - Eugênio de Castro - Fernando Pessoa.
16. (FUVEST) Leia atentamente o texto:
“Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei.
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
-- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.”
(Manuel Bandeira, “Poema só para Jaime Ovalle”.)
Transcreva o verso que sugere a solidão do poeta.
Leia atentamente os textos seguintes para responder às questões 17, 18 e 19.
TEXTO A
“Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais...”

17. (FUVEST) Em que “escola literária” ou estilo de época você situaria o texto A ? Justifique a resposta com elementos do texto.
18. (FUVEST) O texto B é um fragmento de conhecido poema do Romantismo brasileiro. Por que esse poema é classificado como romântico?

19. (FUVEST) Estão presentes no texto B todas as características do Romantismo? Justifique a resposta.
20. (FIUBE-MG) A poesia modernista, sobretudo a da primeira fase (1922-1928):
a) utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambíguo que apreenda estados de espírito subjetivos e indefiníveis.
b) faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
c) incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores.
d) enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica.
e) confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário
21. (FF-SP)
“Longo da linha
Coqueiros
Aos dois
Aos três
Aos grupos
Altos
Baixos”
Sua poesia recebeu o nome de objetividade telegráfica por estar ligada à técnica de comunicação industrial e por ser eminentemente sintética.
Escreveu, também, Pau Brasil e Ponta de Lança. O autor do texto é:
a) Oswald de Andrade
b) Mário de Andrade
c) Raul Bopp
d) Carlos Drummond de Andrade
e) Vinícius de Moraes

22. (FCMSCSP)
3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi.
(Oswald de Andrade)
As cinco alternativas apresentam afirmações extraídas do Manifesto da Poesia Pau-Brasil: assinale a que está relacionada com o poema “3 de Maio”.
a) “Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano.”
b) “... contra a morbidez romântica - pelo equilíbrio geômetro e pelo acabamento técnico.”
c) “Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com os olhos livres.”
d) “A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira com os passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas ...”
e) “Temos a base dupla e presente - a floresta e a escola.”
23. (UFRGS) Associe as obras aos autores.
1. Mário de Andrade
2. Oswald de Andrade
( ) Serafim Ponte Grande
( ) Amar, verbo intransitivo
( ) Paulicéia Desvairada
( ) A escrava que não é Isaura
( ) Memórias sentimentais de João Miramar.
A relação numérica, de cima para baixo, que estabelece seqüência de associações corretas, é:
a) 1-2-2-1-1
b) 2-1-1-1-2
c) 2-2-1-2-1
d) 1-1-2-2-1
e) 2-1-2-1-2
24. (PUC-RS) A Semana de Arte Moderna, realizada em ______, ______, marca _______ do Modernismo no Brasil.
a) 19 l 7 - em São Paulo / o advento
b) 1920 - em São Paulo / a preparação
c) 1921 - no Rio de Janeiro / a consagração
d) 1922 - no Rio de Janeiro / o início
e) 1922 - em São Paulo / a oficialização
25. (UFRGS) Considere as afirmações sobre o seguinte poema de Mário de Andrade:
"Eu sou feliz porque a Terra é uma bola.
A bola gira,
Gira o universo,
Giro também,
Sou Gira,
Sou Louco,
Sou Oco.
Sou homem!...
Sou tudo o que vocês quiserem,
Mas que sou eu?"
I - O uso do verso livre e a exploração do espaço gráfico são marcas evidentes da modernidade do poema; a constituição das rimas, no entanto, revela uma forte influência romântica.
II - O poeta se expressa no poema como um homem que se reconhece múltiplo e que está à procura de uma idoneidade.
III - Palavras como “Gira" (verso 5) e “Louco” (verso 6) podem sugerir a idéia de que o poeta se vê marginalizado no mundo em que vive.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II, III.

26. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações:
I - Na trilogia inicial do “Ciclo da Cana de Açúcar" de José Lins do Rego, o personagem-narrador através do caráter nostálgico de suas reminiscências, manifesta o mal-estar gerado pela decadência social; Posteriormente, em Fogo Morto, o autor transcende essa visão do mundo criando expressões maduras dos conflitos humanos.
II - Em São Jorge dos Ilhéus e Capitães de Areia, Jorge Amado faz predominar as características culturais do povo baiano, com a descrição de rituais afro-brasileiros, danças e festas populares.
III - Em Incidentes em Antares e O Senhor Embaixador, romances de cunho político, Érico Veríssimo faz uma reflexão sobre a realidade brasileira e latino americana, respectivamente, e revela uma visão de mundo norteada pela crítica aos regimes totalitários.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II
d) Apenas I e III
e) I, II, III.
27. (PONTA GROSSA-PR) Um grande escritor brasileiro, realiza uma obra de ficção, que é , modernamente, um depoimento sociológico e econômico da região latifundiária do nordeste: a Zona da Mata e da Lavoura açucareira. Trata-se de:
a) Érico Veríssimo.
b) Graciliano Ramos.
c) Marques Rebelo.
d) José Lins do Rego.
e) n. d. a.
28. (F.CARLOS CHAGAS) Em A Bagaceira, de José Américo de Almeida, notam-se uma atitude reivindicatória, em face do meio hostil e decadente que descreve, e a adequação da linguagem ao assunto tratado. Essas serão, posteriormente, características marcantes:
a) do romance regionalista da década de 30.
b) do romance psicológico, desenvolvido por Lygia Fagundes Telles e Ciro dos Anjos.
c) Da prosa coloquial e regional dos contos de Antônio de Alcântara Machado.
d) Do moderno teatro brasileiro, realizado por Oswald de Andrade e Nélson Rodrigues.
e) Da poesia concreta, que busca descobrir a linguagem literária, mais adequada à descrição da realidade brasileira.
29. (F.CARLOS CHAGAS) Relacionando o período literário que se inicia em 1928 ao período imediatamente anterior, podemos dizer que:
a) a década de 30 é continuação natural do; movimento de 22, acrescentando-lhe o tom anárquico e a atitude aventureira.
b) O segundo momento abandonou a atitude destruidora, buscando uma recomposição de valores e a configuração de nova ordem estética.
c) A década de 20 representa uma desagregação das idéias e dos temas tradicionais; a de 30 destrói as formas ortodoxas da expressão.
d) As propostas literárias da década de 20 só se veriam postas em prática no decênio seguinte.
e) O segundo momento do modernismo assumiu como armas de combate o deboche, a piada, o escândalo e a agitação.
30. (OSEC-SP) Suas obras traduzem a opressão que o meio natural e as estruturas sociais exercem sobre o homem, apresentando a mais alta tensão entre o eu e o social. Luís da Silva torna-se um assassino, Fabiano, um retirante e Paulo Honório, totalmente desprovido de sensibilidade.
A afirmação acima refere-se à obra de:
a) Machado de Assis.
b) Lima Barreto.
c) José Lins do Rego.
d) Graciliano Ramos
e) Jorge Amado.
31. (UFRGS) A década de 30, no Brasil, foi um momento de tomada de consciência, da realidade nacional. Na literatura, os mais graves problemas sociais foram retratados objetiva e criticamente por escritores nordestinos; nas artes plásticas, depois das grandes mudanças da década de 20, também a realidade passou a ser tema freqüente. Assinale a alternativa que apresenta um escritor e um pintor, respectivamente, que abordem essa temática.
a) Érico Veríssimo e Heitor dos Prazeres.
b) Graciliano Ramos e Cândido Portinari.
c) Raquel de Queirós e Anita Malfatti.
d) José Américo de Almeida e lberê Camargo.
e) Dyonélio Machado e Cícero Dias.

32. (PUC-RS)
“Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul das ondas entre abertas
E a cor que escorre dos meus dedos
Colore as areias desertas.”
A estrofe revela um dos tópicos dominantes da poesia de Cecília Meireles, que é a percepção... do mundo.
a) sentimental
b) racional
c) emotiva
d) sensorial
e) onírica
33. (FME-PR) Indique o autor cujo nascimento literário foi anunciado por um “Anjo torto" que lhe determinou “ser gauche na vida ", sempre encontrar “uma pedra no meio do caminho", que o faz perguntar-se: "E agora José?"
a) Manuel Bandeira
b) Oswald de Andrade
c) João Cabral de Mello Neto
d) Carlos Drummond de Andrade
e) Vinícius de Moraes.
34. (PUC-RS) São obras de Carlos Drummond de Andrade, exceto:
a) A Rosa do Povo, Sentimento do Mundo.
b) Lição de coisas, Claro Enigma.
c) Morte e Vida Severina, Libertinagem.
d) Boitempo, Menino Antigo.
e) Corpo, Amar se aprende amando.
35. (PUC-RS)
“Então desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só e mudo."
Os versos acima demonstram um dos traços marcantes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, que é o:
a) misticismo.
b) euforismo.
c) desencanto.
d) radicalismo.
e) egocentrismo.
36.
“O lápis, o esquadro, o papel;
O desenho, o projeto, o número:
O engenheiro pensa o mundo justo.
Mundo que nem um véu encobre.”
Esse fragmento foi retirado de um poema escrito pelo poeta mais destacado do Pós-Modernismo brasileiro.
São características suas:
a) utilização de figuras e respeito formal.
b) vocabulário rebuscado e uso de antíteses.
c) economia vocabular e linguagem seca e objetiva.
d) uso das aliterações e musicalidade.
e) utilização do soneto e volta aos valores clássicos.
37. (UM-SP) Este “alto de natal pernambucano, longo poema equilibrado entre rigor formal e temática, conta o roteiro de um homem do Agreste que vai em demanda do litoral e topa em cada parada com a morte, presença anônima e coletiva até que no último pouso lhe chega a nova do nascimento de um menino, signo de que algo resiste à constante negação da existência” (Alfredo Bosi, História concisa da literatura brasileira, p.526); trata-se de:
a) Pai João.
b) Evocação do Recife.
c) Brasil-menino.
d) Morte e Vida Severina.
e) n. d. a.
38. (PUC-RS) A partir do livro de estréia ____ uma das características do estilo de Clarice Lispector é a adjetivação ____ .
a) O lustre - pictórica
b) A maçã no escuro / preciosa
c) A Cidade sitiada / coloquial
d) Perto do Coração Selvagem / surpreendente
e) A legião estrangeira / popular
39. (UFRGS) o romance de Clarice Lispector:
a) Filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher.
b) Define-se como literatura feminista por excelência, ao propor uma visão da mulher oprimida num universo masculino.
c) Prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor um sociedade urbana em transformação.
d) Explora até as últimas conseqüências, utilizando embora a temática urbana, a linha do romance neonaturalista da geração de 30.
e) Renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente de ficção da segunda geração Moderna.
40. (UNIP) Sobre Guimarães Rosa podemos afirmar que:
a) Foi autor regionalista, seguindo a linha do regionalismo romântico.
b) Inovou sobretudo nos temas, explorando tipos inéditos.
c) Escreveu obra política de contestação à sociedade de consumo.
d) Sua obra se revela intimista com raízes surrealistas.
e) Inovou sobretudo o aspecto lingüístico, revelando o trabalho criativo na exploração do potencial da língua.
41.
I - Como narrador e protagonista dos eventos relatados, Riobaldo é a personagem central de: “Grande Sertão Veredas”, que é, por recorrência a história de sua própria vida.
II - Os colegas de Sérgio, personagem central em torno do qual gira o mundo do Ateneu, apresentam-se essencialmente como tipos: Rebelo, por exemplo, é o aluno modelo para o qual todos os demais são inferiores e sem importância; Franco é a vítima, o mártir, Sanches é o sedutor.
III - Paradoxal, virulento e pessimista, Raul Bop, na maioria de seus poemas, o cantor da “carne em putrefação”.
a) Todas estão corretas.
b) Somente I está correta.
c) Todas estão incorretas.
d) Somente I e II estão corretas.
e) Somente I e III estão corretas.
42. (FUVEST) Fazendo um paralelo entre Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, pode-se afirmar:
a) Em ambas as obras predomina o espírito científico, sendo analisados aspectos da realidade brasileira.
b) Ambas têm por cenário o sertão do Brasil setentrional, sendo numerosas as referências à flora e à fauna.
c) Ambas as obras, criações de autores dotados de gênio, muito enriqueceram nossa literatura regional de ficção.
d) Ambas têm como principal objetivo denunciar nosso subdesenvolvimento, revelando a miséria física e moral do homem do sertão.
e) Tendo cada uma suas peculiaridades estilísticas, são ambas produto de intensa elaboração de linguagem.
43. (FESP-PE) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
I - Clarice Lispector
II - Osman Lins
III - Cecília Meireles
IV - Raquel de Queirós
V - Érico Veríssimo
( ) Painel épico da formação da civilização gaúcha. O Tempo e o Vento é um clássico que consagrou o nome do seu autor
como um dos grandes romancistas brasileiros.
( ) Escreveu o Romanceiro da Inconfidência “sua linguagem é simples e acessível"; preocupa-se com o tempo, com a solidão
e o sentimento.
( ) O romance A Rainha dos cárceres da Grécia demonstra que o seu autor tendeu tanto para a ficção como para o ensaio.
( ) A paixão segundo GH analisa um figura profundamente interessada na sua inter-relação com o cosmo.
( ) Chico Bento, dona lnácia, Cordulina são personagens de um dos seus conhecidos romances, e que figura na literatura
brasileira regionalista como um dos mais lidos.
A seqüência obtida é:
a) III, I, IV, V, II
b) I, V, II, IV, III
c) V, III, II, I, IV
d) II, I, IV, II, V
e) IV, II, V, III, I
44. (UFMG) Sobre o adjetivo severina da expressão Morte e Vida Severina que intitula a peça de João Cabral de Mello Neto, todas as afirmativas estão certas, exceto:
a) Refere-se aos migrantes nordestinos que, revoltados lutam contra o sistema latifundiário que oprime o camponês.
b) Pode ser sinônimo de vida árida, estéril, carente de bens materiais e de afetividade.
c) Designa a vida e a morte dos retirantes que a seca escorraça no sertão e o latifúndio escorraça da terra.
d) Qualifica a existência negada, a vida daqueles seres marginalizados determinada pela morte.
e) Dá nome à vida de homens anônimos, que se repetem física e espiritualmente, sem condições concretas de mudança.
45. (STA. CASA) Transcreve-se um poema de José Lino Grünewald:
Forma
Reforma
Disforma
Transforma
Conforma
Informa
Forma
Este é um poema escrito dentro dos princípios do Concretismo, movimento poético brasileiro da década de 50, neste século XX.
Escrevemos a seguir, que no Concretismo:
I - A poesia não fica apenas no âmbito do consumo auditivo.
II - À noção de poesia incorpora um novo elemento: o visual.
III - O apelo à comunicação não-verbal exerce papel fundamental.
Escreveu-se corretamente em:
a) I e II apenas
b) I e III apenas
c) II e III apenas
d) I, II e III
e) nenhuma das frases


Exercícios - Modernismo
Lista 1
1. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos".
Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas:
a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses
a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira
a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional
a volta à língua do Brasil dos primeiros tempos da colonização
o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção
2. Representante típico do movimento antropológico, um poema, escrito em 1928 e publicado em 1931, iria recriar os mitos da Amazônia, utilizando-se do seu regionalismo léxico e sintático. Trata-se de:
Cobra Norato, de Raul Bopp
Martim Cererê, de Cassiano Ricardo
Juca Mulato, de Menotti del Picchia
Clã do Jabuti, de Mário de Andrade
Raça, de Guilherme de Almeida
3. Assinale a alternativa que se refere a Graciliano Ramos:
fruto de uma reportagem de jornal, sua obra famosa - dramático libelo contra um crime de genocídio - aponta a existência de um país desenvolvido, no litoral, e outro abandonado, no meio rural
com uma juventude marcada pela partição partidária, sua obra, a princípio preocupada, abriu-se para um engajamento social de tom épico e lírico, com que descreve aspectos das camadas marginalizadas da sociedade baiana
autor de vasta obra, em grande parte memorialística, apresenta um apreciável painel de realidade do nordeste açucareiro, descrito em alguns romances vigorosos que mostram o drama da decadência dos velhos engenhos
autor de literatura regionalista de caráter universalizante, sua prisão, por motivos políticos, forneceu-lhe material para uma obra de denúncia do atraso cultural da sociedade brasileira e das iniqüidades do Estado Novo
tendo tido sempre grande participação política, chegando a ocupar cargos públicos durante o Estado Novo, é autor conhecido por um romance de observação da vida sertaneja, considerada inaugurador do realismo moderno
4. Fernando Pessoa, o maior poeta de seu tempo e um dos grandes da Literatura Portuguesa, está ligado ao:
Romantismo
Realismo
Parnasianismo
Simbolismo
Modernismo
5. Portanto, criou seus versos:
no final do século XVIII
na primeira metade do século XIX
na segunda metade do século XIX
na primeira metade do século XX
na segunda metade do século XX
6. A respeito de Oswald de Andrade, é incorreto afirmar que:
apesar de sua intensa participação na SAM, assumiu uma postura simpática em relação à poesia parnasiana
em Serafim Ponte Grande, rompe com a forma e com a estrutura tradicionais do romance brasileiro
O Rei da Vela, sua obra-prima em termos de dramaturgia, apresenta contundente crítica ao sistema burguês
desenvolveu uma poesia original, plena de humor e ironia, com uma linguagem do cotidiano, repleta de neologismos
filho único, rico, pôde viajar à Europa, onde entrou em contato com as idéias vanguardistas, que divulgaria no Brasil
7. O romance de Clarice Lispector:
filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher
define-se como literatura feminista por excelência ao propor uma visão da mulher oprimida num universo masculino
prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade urbana em transformação
explora até as últimas conseqüências, utilizando, embora, a temática urbana, a linha do romance neonaturalista da geração de 30
renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente da ficção da segunda geração moderna
8. O Capitão Vitorino Carneiro da Cunha, uma das personagens mais bem realizadas da literatura brasileira, aparece como uma das figuras centrais do romance de José Lins do Rego intitulado:
Cangaceiros
Menino de Engenho
Fogo Morto
Usina
Bangüé
9. Atribuindo ao elemento gráfico uma função na estrutura do poema e dando por findo o ciclo histórico do verso como unidade formal, esse movimento concebe o poema, em sua forma visível, como objeto estético em si mesmo, e não mais como intérprete de objetos exteriores e sensações subjetivas. Chamou-se esse movimento de:
Expressionismo
Concretismo
Impressionismo
Simbolismo
Parnasianismo
10. Voltado para as forças contidas na linguagem, esse autor apaga intencionalmente as fronteiras entre narrativa e lírica. Suas obras incluem e revitalizam recursos da expressão poética: aliterações, onomatopéias, vocabulário arcaico ou neológico, rimas internas, ousadas combinações de sons e de forma. O texto acima refere-se a:
Machado de Assis
Aluízio de Azevedo
Lima Barreto
Guimarães Rosa
Monteiro Lobato
11. No Mordenismo diversos nomes de autores estão vinculados a revistas e grupos a que pertenciam. Qual das seguintes relações está errada?
Mário de Andrade - "Klaxon"
Carlos Drummond de Andrade - "A Revista"
Cassiano Ricardo - "Antropofagia"
Cecília Meireles - "Estética"
Plínio Salgado - "Anta"
12. Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se a postura nitidamente ufanística; em outro, freqüentemente contestatória. São eles, respectivamente:
Romantismo e Simbolismo
Romantismo e Modernismo
Parnasianismo e Simbolismo
Simbolismo e Modernismo
Barroco e Arcadismo
13. "Seu Lula gritava dentro de casa como se estivesse em luta com inimigos que lhe enchessem o quarto. D. Olívia naqueles dias, largava as suas gargalhadas. E gritava também. Por um instante a silenciosa casa grande do Santa Fé parecia agitada de paixões, de gente desesperada. Passava tudo e outra vez o silêncio tomava conta dos quatro cantos da sala e dos corredores. Seu Lula refugiava-se na rede. D. Olívia continuava a andar de um lado para outro".
A decadência de Engenho Santa Fé figurada na personagem trágica de seu proprietário, o coronel Lula de Holanda, é uma das trilhas narrativas percorridas pela grande síntese épica:
São Bernado, de Graciliano Ramos
Terras do Sem-Fim, de Jorge Amado
Saga, de Érico Veríssimo
O Quinze, de Rachel de Queiroz
Fogo Morto, de José Lins do Rego


Lista 2
1. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos".
Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas:
a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses
a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira
a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional
o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção
2. A poesia modernista sobretudo a da primeira fase (1922-1928):
faz uma síntese dos pressupostos poéticos que norteavam a linguagem parnasiano-simbolista
incentiva a pesquisa formal com base nas conquistas parnasianas, a ela anteriores
enriquece e dinamiza a linguagem, inspirando-se na sintaxe clássica
confere ao nível coloquial da fala brasileira a categoria de valor literário
3. Baseando-se no trecho abaixo responda obedecendo ao código:
Trem de ferro
"Café com pão / Café com pão / Café com pão / Virge Maria que foi isto maquinista" (Manuel Bandeira)

I - A significação do trecho provém da sugestão sonora.
II - O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira
III - A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.
se I, II e III forem corretas
se I e II forem corretas e III incorreta
se I,II e III forem incorreta
se I e II forem incorretas e apenas III correta
4. Assinale a alternativa que se refere a Graciliano Ramos:
fruto de uma reportagem de jornal, sua obra famosa - dramático libelo contra um crime de genocídio - aponta a existência de um país desenvolvido, no litoral, e outro abandonado, no meio rural
com uma juventude marcada pela partição partidária, sua obra, a princípio preocupada, abriu-se para um engajamento social de tom épico e lírico, com que descreve aspectos das camadas marginalizadas da sociedade baiana
autor de vasta obra, em grande parte memorialística, apresenta um apreciável painel de realidade do nordeste açucareiro, descrito em alguns romances vigorosos que mostram o drama da decadência dos velhos engenhos
autor de literatura regionalista de caráter universalizante, sua prisão, por motivos políticos, forneceu-lhe material para uma obra de denúncia do atraso cultural da sociedade brasileira e das iniqüidades do Estado Novo
5. A respeito de Oswald de Andrade, é incorreto afirmar que:
apesar de sua intensa participação na SAM, assumiu uma postura simpática em relação à poesia parnasiana
em Serafim Ponte Grande, rompe com a forma e com a estrutura tradicionais do romance brasileiro
O Rei da Vela, sua obra-prima em termos de dramaturgia, apresenta contundente crítica ao sistema burguês
desenvolveu uma poesia original, plena de humor e ironia, com uma linguagem do cotidiano, repleta de neologismos
6. O romance de Clarice Lispector:
filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher
define-se como literatura feminista por excelência ao propor uma visão da mulher oprimida num universo masculino
prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade urbana em transformação
renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente da ficção da segunda geração moderna
7. Atribuindo ao elemento gráfico uma função na estrutura do poema e dando por findo o ciclo histórico do verso como unidade formal, esse movimento concebe o poema, em sua forma visível, como objeto estético em si mesmo, e não mais como intérprete de objetos exteriores e sensações subjetivas. Chamou-se esse movimento de:
Expressionismo
Concretismo
Impressionismo
Simbolismo
8. No Mordenismo diversos nomes de autores estão vinculados a revistas e grupos a que pertenciam. Qual das seguintes relações está errada?
Mário de Andrade - "Klaxon"
Carlos Drummond de Andrade - "A Revista"
Cassiano Ricardo - "Antropofagia"
Plínio Salgado - "Anta"
9. Em dois movimentos estéticos, na literatura brasileira, há grande preocupação com o nacionalismo. Em um, evidencia-se a postura nitidamente ufanística; em outro, freqüentemente contestatória. São eles, respectivamente:
Romantismo e Modernismo
Parnasianismo e Simbolismo
Simbolismo e Modernismo
Barroco e Arcadismo
10. Todos os itens encerram conquistas definitivas do Modernismo para as novas gerações, exceto:
orientação da literatura num estilo nacionalista, de base humana e social
espírito amadorista e anarquista; o desprezo pela técnica de composição e estrutura
descentralização intelectual, através de grupos e movimentos com características próprias
busca da linguagem dinâmica, expressão do momento e da realidade nacional
11. Leia as proposições abaixo e marque as seqüências que completam a frase: "O grupo modernista com a SAM pretendeu..."
I - reagir aos movimentos literários anteriores
II - cultuar o índio como elemento característico de nossa civilização
III - repudiar a importação de idéias
IV - ver, no indianismo, o poético da lenda e do mito, elementos de autenticidade
V - expressar a velocidade, a vida febril, a aceleração do desenvolvimento
I, II e V
II, IV e V
I, II, IV
II, IV, e V
12. Leia as proposições abaixo e marque as seqüências que completam a frase: "No Modernismo constatamos..."
I - manifestação inicial na poesia, estendendo-se à prosa
II - reação ao regionalismo
III - culto à forma
IV - rompimento com a métrica tradicional
V - nacionalização de nossa literatura
I, II e IV estão corretas
II, III e IV estão incorretas
I, IV e V estão corretas
I, III e V estão incorretas
13. Sobre o Modernismo no Brasil é possível afirmar:
I - A SAM representa a consolidação oficial de um ideário estético
que se vinha pondo em prática desde o desaparecimento do
Parnasianismo, na 1ª década do século
II - O momento literário compreendido entre 1928 e 1939
caracteriza-se pelo predomínio da prosa de ficção. É quando se
ativa a produção literária de Graciliano Ramos, Jorge Amado e
José Lins do Rego
III - No período compreendido entre 1922 e 1928 — em que se processam
atitudes contestatórias a estéticas anteriores —, há um grande
surto de produção poética, ligada aos nomes de Oswald de
Andrade, Mário de Andrade e Guilherme de Almeida
só a proposição I é correta
só a proposição II é correta
só a proposição III é correta
são corretas as proposições II e III
14. Excelente sonetista, é um dos poucos representantes da poesia sensual, erótica, com fortes imagens: "Nunca mulher nenhuma foi tão bela (...) / Essa mulher é um mundo! — uma cadela, / Talvez... — mas na moldura de uma cama (...)".
Oswald de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
Murilo Mendes
Vinicius de Moraes
15. Poeta que fala com humor e ironia da mediocridade da "vida besta" que preside o cotidiano e cuja obra (A Rosa do Povo, Claro Enigma) é marcada por vigoroso espírito de síntese e pelo sentido trágico da existência. Trata-se de:
Vinicius de Moraes
Carlos Drummond de Andrade
Mário de Andrade
Cecília Meireles
16. "Não faças versos sobre acontecimentos. / Não há criação ne morte perante a poesia / Diante dela, a vida é um sol estático, / Não aquece nem ilumina.". Uma das constantes na obra poética de Drummond é:
louvação do homem social
negativismo absoluto
violação e desintegração da palavra
questionamento da própria poesia
17. São obras do mesmo autor de Vidas Secas:
Jubiabá e Mar Morto
A Bagaceira e Saga
Angústia e São Bernardo
O Quinze e Caminho de Pedras
18. Em Vidas Secas, de Graciliano ramos, há uma aproximação entre:
homem e animal
criança e homem
natureza e homem
homem e mulher
19. A poesia modernista caracteriza-se, formalmente, pelo predomínio de:
versos regulares, metrificados, sem rima
versos brancos, sem metrificação regular, com estrofes
versos livres, sem metrificação regular, sem rima
versos irregulares, com rima, preferência ao soneto
20. O poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, contém uma crítica à:
escola simbolista
escola parnasiana
escola realista
escola modernista

Exercícios Romantismo



Exercícios - Romantismo
Lista 1
1. I. Preferência pela realidade exterior sobre a interior.
II. Anteposição da fé à razão, com valorização da mística e da intuição.
III. Poesia descritiva de representação dos fenômenos da natureza. Detalhismo.
IV. Gosto pelo pitoresco, pela descrição de ambientes exóticos.
V. Atenção do escritor aos detalhes para retratar fielmente o que descreve.
Características gerais do Romantismo se acham expressas nas proposições:
II e IV
II e III
I e IV
II e V
2. Não é próprio do Romantismo:
Explorar assuntos nacionais como história, tradições, folclore;
Idealizar a mulher, tornando-a perfeita em todos os sentidos;
Explorar assuntos ligados à antigüidade clássica, imitando-lhe os poetas e prosadores;
Valorizar temas fúnebres e soturnos.
3. De acordo com a posição romântica, é correto afirmar que:
A natureza é expressiva no Romantismo e decorativa no Arcadismo.
Com a liberdade criadora implantada no Romantismo, as regras fixas do Classicismo caem e "o poema começa onde começa a inspiração e termina onde termina esta".
A visão do mundo romântica é centrada no sujeito, no "eu" do escritor, daí a predominância da função emotiva na linguagem do Romantismo.
Todas as alternativas anteriores estão corretas.
4. Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos:
Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clássicos.
Embora marcado por tendências liberais, opôs-se ao nacionalismo político.
Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento exótico, considerando-o incompatível com exaltação da pátria.
5. A visão do mundo, nostálgica nos românticos, explica-se:
Pelas inúmeras guerras havidas na época do Romantismo.
Pela inadaptação aos valores absolutistas implantados pela monarquia brasileira.
Pelo descontentamento da nobreza, que deixa o poder, e de parte da burguesia, que ainda não havia assumido ou que tivesse ficado à margem dele.
Pela contemplação de um Brasil conservador, baseado no latifúndio, no escravismo e na monarquia.
6. "Deus! Oh, Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrelas tu t'escondes Embuçado no céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, senhor Deus?..."
Esta é a primeira estrofe de um poema que é exemplo de:
Lirismo subjetivo, marcado pelo desespero do pecador arrependido.
Lirismo religioso, exprimindo o anseio da alma humana em procura da divindade.
Lirismo romântico de tema político-social, exprimindo o anseio do homem pela liberdade.
Romantismo nacionalista repassado da saudade que atormenta o poeta do exílio.
7. Assinale a alternativa que traz apenas características do Romantismo:
idealismo, religiosidade, objetividade, escapismo, temas pagãos.
predomínio do sentimento, liberdade criadora, temas cristãos, natureza convencional, valores absolutos.
egocentrismo, predomínio da poesia lírica, relativismo, insatisfação, idealismo.
idealismo, insatisfação, escapismo, natureza convencional, objetividade.
8. UM ÍNDIO
"um índio descerá de uma estrela colorida brilhante
de uma estrela que virá numa velocidade estonteante
e pousará no coração do hemisfério sul na américa
num claro instante
(...)
virá
impávido que nem muhammad ali
virá que eu vi
apaixonadamente como peri
virá que eu vi
tranqüilo e infalível como bruce lee
virá que eu vi
o aché do afoxé filhos de ghandi virá"
(Caetano Veloso)
O trecho anterior mostra, com uma visão contemporânea, determinado tipo de tratamento dado ao índio brasileiro em certo período de nossa literatura. Assinale a alternativa em que aparecem os nomes de dois autores que manifestaram tal tendência.
Gonçalves de Magalhães e Álvares de Azevedo
Castro Alves e Tobias Barreto
Fagundes Varella e Visconde de Taunay
Gonçalves Dias e José de Alencar.
9. "A verdadeira poesia deve inspirar-se num entusiasmo natural e exprimir-se com naturalidade, sendo simples, pastoril, bucolicamente ingênua e inocente."
Esta afirmação caracteriza a estética __________ uma vez que exalta elementos ligados à _________, opondo-se ao culto do interior que identifica o ___________.
As lacunas acima deverão ser preenchidas, respectivamente, com os termos:
romântica, natureza, Simbolismo
árcade, civilização, Romantismo
parnasiana, estética, Arcadismo
árcade, natureza, Romantismo
10. Machado de Assis representa a transição entre:
Arcadismo e Romantismo
Barroco e Romantismo
Romantismo e Realismo
Parnasianismo e Simbolismo


Lista 2
1. "Quantas coisas (...) brotam ainda hoje, modas, bailes, livros, painéis, primores de toda casta, que amanhã já são pó ou cisco? Em um tempo em que não mais se pode ler, pois o ímpeto da vida mal consente folhear o livro, que à noite deixou de ser novidade e caiu na voga; no meio desse turbilhão que nos arrasta, que vinha fazer uma obra séria e refletida? Perca pois a crítica esse costume em que está de exigir, em cada romance que lhe dão, um poema."
As proposições anteriores, de José de Alencar, fazem alusão a um problema característico do movimento romântico. Aponte-o:
o movimento romântico, afeito ao lirismo e á sentimentalidade, busca realizar uma prosa fundamentalmente impregnada de valores poéticos
o autor preocupa-se com satisfazer o gosto de um público pouco exigente no que diz respeito a obras de acabamento literário mais sofisticado
tendo em vista a caracterização da sociedade burguesa, o romance deve conter preferencialmente ação, que seja o retrato dos agitados tempos modernos
o autor, já que se reconhece gênio, e pelo público, é aceito como tal e deve nortear as multidões que o lêem com sua palavra sábia e simples
O texto seguinte refere-se às questões 2 e 3.
"O problema da nacionalidade literária foi colocado, dentro da atmosfera do Romantismo, em termos essencialmente políticos. Misturadas literatura e política, a autonomia política transferia-se para literatura, e confundiram-se independência política e independência literária."
2. Segundo o texto, para os românticos:
a autonomia política e a autonomia literária foram duas faces de um mesmo processo de emancipação
autonomia política e autonomia literária mantiveram entre si uma relação de causa e efeito
a autonomia literária sempre se seguiu à emancipação política
emancipação política e emancipação literária foram processos que se concretizaram independentemente um do outro
3. Segundo o texto:
Romantismo foi uma escola literária de atmosfera essencialmente política
no Romantismo, literatura e política interpenetram-se e exercem influência mútua, numa interdependência dialética
pode-se dizer que a política usou a literatura em suas campanhas, mas o inverso não é válido, pois a literatura não se valeu da política
independência política e independência literária são fenômenos distintos, que só se misturam em conseqüência de um erro de interpretação
4. A proposta de divisão dos romances alencarianos baseia-se num critério:
cronológico
temático
estilístico
geográfico
5. Assinale o poema de Gonçalves Dias que não apresenta a temática indianista:
Ainda uma vez - Adeus
I-Juca Pirama
Marabá
Leito de Folhas Verdes
6. O lirismo social da poesia de Castro Alves:
tematiza a liberdade dentro, principalmente, de um enfoque individualista
tematiza a liberdade exclusivamente referenciada ao negro escravizado
tematiza a liberdade tanto com um enfoque individualista como coletivo; e, em especial, referenciada ao negro escravizado
tematizava a liberdade de modo geral, e apenas acidentalmente referenciada ao negro escravizado
7. Poema castro-alivino que não aborda a temática social:
O Livro e a América
Vozes d’África
Ode ao Dous de Julho
n.d.a
8. Qual a alternativa que apresenta grupos de classificação dos romances alencarianos?
urbanos, indianistas, históricos e regionalistas
urbanos, indianistas, históricos e psicológicos
urbanos, indianistas, psicológicos e satíricos
urbanos, históricos, psicológicos e trágicos
9. Assinale a alternativa falsa. O Romantismo:
procura o elemento nacional
propõe ruptura com o passado
foi introduzido no Brasil por Gonçalves de Magalhães
é a valorização do que é "nosso"


Literatura: exercícios sobre o Romantismo - 1º bimestre - turmas de 2ª série do Ensino Médio.

I. - Preferência pela realidade exterior sobre a interior.
II. - Anteposição da fé à razão, com valorização da mística e da intuição.
III.- Poesia descritiva de representação dos fenômenos da natureza. Detalhismo.
IV. - Gosto pelo pitoresco, pela descrição de ambientes exóticos.
V.- Atenção do escritor aos detalhes para retratar fielmente o que descreve.

1 –Assinale a alternativa correta.
Características gerais do Romantismo se acham expressas nas proposições:
( ) a) II e IV
( ) b) II e III
( ) c) I e IV
( ) d) II e V

___________________________________
2 - Machado de Assis representa a transição entre:
( ) a)Arcadismo e Romantismo
( ) b)Barroco e Romantismo
( ) c)Romantismo e Realismo
( ) d)Parnasianismo e Simbolismo

____________________________________
3 - Assinale a alternativa que traz apenas características do Romantismo:
( ) a)idealismo, religiosidade, objetividade, escapismo, temas pagãos.
( ) b) predomínio do sentimento, liberdade criadora, temas cristãos, natureza convencional, valores absolutos.
( ) c) egocentrismo, predomínio da poesia lírica, relativismo, insatisfação, idealismo.
( ) d)idealismo, insatisfação, escapismo, natureza convencional, objetividade.

____________________________________
4 - (UNIP-SP) Assinale a alternativa não-aplicável à poesia romântica;
( ) a) O artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica.
( ) b) O importante é o culto da forma, a arte pela arte.
( ) c) A poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa.
( ) d) Enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo.
( ) e) A linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.

_____________________________________
5- (UFSE-SE) No período romântico brasileiro, os aspectos estéticos e os históricos ligaram-se de modo especialmente estreito e original: entre nós, o Romantismo deu expressão à consolidação da independência, à afirmação de uma nova Nação e à busca das raízes históricas e míticas de nossa cultura — características que se encontram amplamente
( ) a) na poesia de Gonçalves de Magalhães influenciada pela de Gonçalves Dias.
( ) b) nos romances urbanos da primeira fase de Machado de Assis.
( ) c) nos romances de costumes de Joaquim Manuel de Macedo.
( ) d )na lírica confidencial de Álvares de Azevedo e de Casimiro de Abreu.
( ) e) na ficção regionalista e indianista de José de Alencar.

___________________________
Gabarito:
1-a / 2-c / 3-c / 4-b / 5-e
A) TEXTO / QUESTÕES:
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna (1) e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati (2) não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu (3), onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara (4). O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica (5), mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda o roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empena das penas do gará (6) as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.
A graciosa ará (7) sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru (8) de palha matizado, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá (9), as agulhas da juçara (10) com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
(Iracema - José de Alencar)
(1) é o pássaro conhecido de cor negra luzidia. Seu nome vem por corrupção de guira - pássaro; e una abreviação de pixuna-preto. (Nota do Autor).
(2) pequena abelha que fabrica delicioso mel. (Nota do Autor)
(3) chamam ainda hoje no Ceará certa qualidade de terra muito fértil, que forma grandes coroas ou ilhas no meio dos tabuleiros o sertões, e é de preferência procurada para a cultura. Daí se deriva o nome dessa comarca da província. (Nota do Autor)
(4) senhor das aldeias, de taba - aldeia e jara - senhor. Essa nação dominava o interior da província, especialmente a Serra da lbiapaba. (Nota do Autor)
(5) árvore frondosa, apreciada pela deliciosa frescura que derrama sua sombra. (Nota do Ator).
(6) ave paludal, muito conhecida pelo nome de guará. Penso eu que esse nome anda corrompido de sua verdadeira origem, que é ig-água, e ará - arara: arara d'água, assim chamada pelo bela cor vermelha. (Nota do Autor)
(7) periquito. Os indígenas como aumentativo usavam repetir a última sílaba da palavra e às vezes toda a palavra, como murémuré. Muré - frauta, murémuré - grande frauta. Arará vinha a ser, pois, o aumentativo de ará, e significaria a espécie maior do gênero. (Nota do Autor).

A partir da leitura do fragmento da obra Iracema, responda:
1) Qual a realação da personagem principal com a natureza. Dê exemplos do texto.
2) A descrição da personagem aponta para características românticas? Justifique om o próprio texto.
3) No último parágrafo, ela o homem branco. Qual a relação romântica entre o índio e o homem branco.

B) TESTES:
Relacione os textos às características:
Texto A________________________________

“Eu amo a noite taciturna e queda!
Amo a doce nudez que ela derrama,
E a fresca aragem pelas densas folhas
Do bosque murmurando.
Então malgrado o véu que envolve a terra,
A vista, do que vela, enxerga mundos,
E apesar do silêncio, o ouvido escuta
notas de etéreas harpas."
Gonçalves Dias
Texto B________________________________

"Já sinto a geada dos sepulcros
o pavoroso frio enregelar-me...
A campa vejo aberta e lá no fundo
Um esqueleto em pé vejo acenar-me..
Entremos. Deve haver nestes lugares
mudança grave na mundana sorte;
Quem sempre a morte achou no lar da vida,
Deve a vida encontrar no lar da morto.”
Laurindo Rabelo
Texto C________________________________

"Não achei na vida amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu-adeus.
Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.
Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo:
Por ísso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda
Leva-me ao nada, leva-me contigo."
Junqueira Freire


Texto D________________________________

“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques, têm mais-vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá,
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.”
Gonçalves Dias
Texto E________________________________

“Passei como D. Juan entre as donzelas,
Suspirei as canções mais doloridas
E ninguém me escutou...
Oh! nunca à virgem flor das faces belas
Sorvi o mel nas longas despedidas...
Meu Deus! ninguém me amou!
..................................................................
Vivi na solidão - odeio o mundo
E no orgulho embucei meu rosto pálido
Como um astro na treva...
Senti a vida um lupanar imundo -
Se acorda o triste profanado, esquálido
--- A morte fria o leva.”
Álvares de Azevedo
Texto F________________________________

“Minh'alma é triste como a flor que morre
Pendida à beira do riacho ingrato.
Nem beijos dá-lhe a viração que corre,
Nem doce canto o sabiá do mato!
E como a flor que solitária pende
Sem ter carícias no voar da brisa,
Minh'alma murcha, mas ninguém entende
Que a pobrezinha só de amor precisa!”
Casimiro de Abreu
Textos Características
A ( ) (l) Saudosismo
B ( ) (2) Evasão pela morte
C ( ) (3) Consciêncía de solidão
D ( ) (4) Imaginação criadora, fantasia
E ( ) (5) Sonoridade
F ( ) (6) Indianismo (evasão pelo tempo)

Exercícios - "Senhora"

EXERCÍCIOS: TREINAMENTO PARA A PROVA
Tinha-se ela ensaiado para seu papel. Desde o primeiro momento em que apresentou-se nos salões, firmou neles seu império, e tomou posse dessa turba avassalada, cujo destino é bajular as reputações que se impõem.
Encontramo-la deslumbrando a multidão com sua beleza, e açulando a fome do ouro nos cavalheiros do lansquenete matrimonial. Regozijava-se em arrastar após si, rojando-os pelo pó, e fustigando-os com o sarcasmo, a esses sócios e êmulos de Fernando Seixas, ansiosos de venderem-se como ele, ainda que por maior preço.
Por isso os tinha reduzido à mercadoria ou traste, fazendo-lhes a cotação, como se usava outrora com os lotes de escravos.
Aquele marido de maior preço a que ela se referia não era outro senão seu antigo amante, que a desprezara por ser pobre.
No meio desta acrimônia que lhe inspirava a sociedade, não perdera porém Aurélia de todo a crença da nobreza d'alma, e sabia respeitá-la onde quer que a descobria.
Assim, quando algum homem honesto, sinceramente seduzido pelos dotes de sua pessoa, e não pelo brilho da riqueza, lhe fazia a corte, ela portava-se com ele de modo inteiramente diverso. Acolhia-o com afabilidade e distinção; mas aproveitava o primeiro momento para desvanecer-lhe toda a esperança.
Só com os caçadores de dotes era loureira, se tal nome pode-se aplicar ao constante ludíbrio e humilhação a que submetia seus apaixonados.
Encontrou Aurélia uma vez na sociedade Eduardo Abreu, já de volta da Europa. Soube que tinha dissipado a fortuna, e ficara reduzido à pobreza. Como se esquivasse de falar-lhe, a moça dirigiu-se a ele e insistiu para que freqüentasse sua casa.
Abreu fez-lhe uma visita de cerimônia. A moça inventou um pretexto qualquer para uma carta urgente e mandou buscar o tinteiro. De repente voltou-se para o moço e pediu-lhe que escrevesse um recado a certa loja.
Aurélia examinou a letra e murmurou consigo:
- Eu teria adivinhado!
Não disse uma palavra a Abreu sobre isto. Por aqueles dias houve quem pagasse as contas que o moço tinha em várias casas da rua do Ouvidor, que já não queriam fiar.
A primeira vez que a moça encontrou-se com Abreu depois do incidente perguntou-lhe:
- Ainda me ama?
Ele corou.
- Já não tenho esse direito.
- Lembre-se do que lhe disse uma vez. Se eu remir-me do meu cativeiro, minha mão lhe pertence. Não a querendo o senhor, ninguém mais a terá neste mundo.
O Dr. Torquato Ribeiro não pode resistir à paixão que nutria pela Adelaide Amaral. Com o tempo e ausência do rival foi-se desvanecendo o primeiro ressentimento; e como o procedimento de Seixas já causava estranheza, não se demorou a reconciliação.
Aurélia percebeu que o bacharel estava cada vez mais apaixonado. Era uma verdadeira recaída. A princípio admirou-se dessa indulgência:
- E eu? Não amo um homem que não somente me esqueceu por outra, mas que se rebaixou?
Pensou então em favorecer esse amor do Ribeiro, o que obteve, concorrendo para a realização do projeto que afagava, e a cuja realização assistimos.
Estes foram os acontecimentos que ocorreram antes de encontrarmos pela primeira vez nos salões Aurélia Camargo.
José de Alencar, Senhora

Em folha à parte, resolva as questões propostas a seguir.

1. Transcreva as palavras destacadas no texto. A seguir, identifique todas as ocorrências fonéticas que cada uma apresenta.
2. Acentue, se necessário, as palavras abaixo, e justifique a ocorrência ou não do acento gráfico:
a) sofa
b) detestavel
c) magnificos
d) batavo
e) materia
f) importancia
g) chavena
h) porem
i) atras
j) pe
l) abacaxi
m) peru
n) rubrica
o) bólido
p) acrobata
q) reptil
r) torax
s) hieroglifo
t) farmacia

3º. PASSO: Usando sua apostila e suas anotações, faça, você mesmo, a correção dos exercícios e - IMPORTANTE! - ANOTE TODAS AS SUAS DÚVIDAS, para esclarecê-las conosco durante a semana de revisão.
LITERATURA PORTUGUESA E BRASILEIRA

1º. PASSO: Antes de fazer os exercícios de treinamento para a prova, você precisa rever, em suas anotações de aula e em sua Apostila de Literatura Portuguesa e Brasileira da 1ª. Série, os seguintes assuntos:
1. Elementos do processo de comunicação
2. As funções da linguagem
3. O Trovadorismo em Portugal
• datas de início e término e fatos que as marcaram
• contexto histórico: Europa e Portugal
• características gerais do Trovadorismo
• cantiga de amor
• cantiga de amigo
• cantiga de escárnio
• cantiga de maldizer

Precisa, também, rever e estudar as obras:
• O alienista, de Machado de Assis
• Senhora, de José de Alencar
2º. PASSO: Resolva, em folhas que você separará especialmente para este fim, os exercícios a seguir, com a ajuda de sua Apostila de Literatura e de suas anotações de aula.
EXERCÍCIOS: TREINAMENTO PARA A PROVA
3º. PASSO: Usando sua apostila e suas anotações, faça, você mesmo, a correção dos exercícios e - IMPORTANTE! - ANOTE TODAS AS SUAS DÚVIDAS, para esclarecê-las conosco durante a semana de revisão.

Para responder às questões de 1 a 3, leia o texto abaixo com muita atenção:
Queixa
Caetano Veloso

Um amor assim delicado Um amor assim violento
Você pega e despreza Quando torna-se mágoa
Não o devia ter desprezado É o avesso de um sentimento
Ajoelha e não reza Oceano sem águas
Dessa coisa que mete medo Ondas: desejo de vingança
Pela sua grandeza Nessa desnatureza
Não sou o único culpado Batem forte sem esperança
Disso eu tenho a certeza Contra a tua dureza
Princesa Princesa
Surpresa Surpresa
Você me arrasou Você me arrasou
Serpente Serpente
Nem sente que me envenenou Nem sente
Senhora, e agora Que me envenenou
Me diga onde eu vou Senhora, e agora
Senhora Me diga onde eu vou
Serpente Senhora
Princesa Serpente
Princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer
Que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
Princesa
Surpresa
Você me arrasou
Serpente
Nem sente que me envenenou
Senhora, e agora
Me diga onde eu vou
Amiga
Me diga.

1. O poema que você leu contém uma confissão amorosa, uma declaração de amor.
a) Como se pode classificar o eu-lírico desse poema? Em que posição ele se coloca em relação à sua amada? Fundamente sua resposta com elementos retirados do texto.
b) Que visão da mulher se pode depreender nesse poema? Fundamente sua resposta com elementos retirados do texto.
c) Como você classifica o amor de que fala esse poema: ele é platônico ou carnal, sensual? Justifique essa classificação, transcrevendo do poema um fragmento que possa confirmá-la.

2. Pode-se perceber, ao longo do texto, o sofrimento do eu-lírico por sua amada.
a) Transcreva, do poema, um verso em que se evidencie a "coita d'amor".
b) Transcreva uma expressão que o poeta tenha usado para referir-se à amada, na qual se possa identificar o sentimento cortês, cavalheiresco.

3. O texto, pelas suas características, remete a um tipo de produção lírica que se cultivou na época medieval em Portugal.
a) Cite o nome dessa produção lírica e do movimento literário em que ela floresceu.
b) Quais foram as datas de início e término desse movimento em Portugal? Mencione os fatos que marcaram tais datas.
c) Comente o contexto histórico em que esse movimento se desenvolveu, considerando a Europa em geral e Portugal em particular.
d) Comente o outro tipo de poesia lírica que se desenvolveu nessa mesma fase.
e) Comente as outras produções poéticas cultivadas nessa época, em Portugal.

4. Por que a poesia se desenvolveu mais do que a prosa na primeira fase da Era Medieval, em Portugal?
3º. PASSO: Usando sua apostila e suas anotações, faça, você mesmo, a correção dos exercícios e - IMPORTANTE! - ANOTE TODAS AS SUAS DÚVIDAS, para esclarecê-las conosco durante a semana de revisão.


Fonte: http://www.augustolaranja.com.br/roteiro1ester.htm

Classicismo - exercícios

1. Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Canto IV – Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 90 a 104)


90

"Qual vai dizendo: —" Ó filho, a quem eu tinha
Só para refrigério, e doce amparo
Desta cansada já velhice minha,
Que em choro acabará, penoso e amaro,
Por que me deixas, mísera e mesquinha?
Por que de mim te vás, ó filho caro,
A fazer o funéreo enterramento,
Onde sejas de peixes mantimento!" —

91

"Qual em cabelo: —"Ó doce e amado esposo,
Sem quem não quis Amor que viver possa,
Por que is aventurar ao mar iroso
Essa vida que é minha, e não é vossa?
Como por um caminho duvidoso
Vos esquece a afeição tão doce nossa?
Nosso amor, nosso vão contentamento
Quereis que com as velas leve o vento?" —

92

"Nestas e outras palavras que diziam
De amor e de piedosa humanidade,
Os velhos e os meninos os seguiam,
Em quem menos esforço põe a idade.
Os montes de mais perto respondiam,
Quase movidos de alta piedade;
A branca areia as lágrimas banhavam,
Que em multidão com elas se igualavam.

93

"Nós outros sem a vista alevantarmos
Nem a mãe, nem a esposa, neste estado,
Por nos não magoarmos, ou mudarmos
Do propósito firme começado,
Determinei de assim nos embarcarmos
Sem o despedimento costumado,
Que, posto que é de amor usança boa,
A quem se aparta, ou fica, mais magoa.

94

(O Velho do Restelo)
"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:

95

—"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!

96

— "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!

97

—"A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?

98

— "Mas ó tu, geração daquele insano,
Cujo pecado e desobediência,
Não somente do reino soberano
Te pôs neste desterro e triste ausência,
Mas inda doutro estado mais que humano
Da quieta e da simples inocência,
Idade d'ouro, tanto te privou,
Que na de ferro e d'armas te deitou:

99

— "Já que nesta gostosa vaidade
Tanto enlevas a leve fantasia,
Já que à bruta crueza e feridade
Puseste nome esforço e valentia,
Já que prezas em tanta quantidades
O desprezo da vida, que devia
De ser sempre estimada, pois que já
Temeu tanto perdê-la quem a dá:

100

— "Não tens junto contigo o Ismaelita,
Com quem sempre terás guerras sobejas?
Não segue ele do Arábio a lei maldita,
Se tu pela de Cristo só pelejas?
Não tem cidades mil, terra infinita,
Se terras e riqueza mais desejas?
Não é ele por armas esforçado,
Se queres por vitórias ser louvado?

101

— "Deixas criar às portas o inimigo,
Por ires buscar outro de tão longe,
Por quem se despovoe o Reino antigo,
Se enfraqueça e se vá deitando a longe?
Buscas o incerto e incógnito perigo
Por que a fama te exalte e te lisonge,
Chamando-te senhor, com larga cópia,
Da Índia, Pérsia, Arábia e de Etiópia?

102

— "Ó maldito o primeiro que no mundo
Nas ondas velas pôs em seco lenho,
Dino da eterna pena do profundo,
Se é justa a justa lei, que sigo e tenho!
Nunca juízo algum alto e profundo,
Nem cítara sonora, ou vivo engenho,
Te dê por isso fama nem memória,
Mas contigo se acabe o nome e glória.

103

— "Trouxe o filho de Jápeto do Céu
O fogo que ajuntou ao peito humano,
Fogo que o mundo em armas acendeu
Em mortes, em desonras (grande engano).
Quanto melhor nos fora, Prometeu,
E quanto para o mundo menos dano,
Que a tua estátua ilustre não tivera
Fogo de altos desejos, que a movera!

104

— "Não cometera o moço miserando
O carro alto do pai, nem o ar vazio
O grande Arquiteto co'o filho, dando
Um, nome ao mar, e o outro, fama ao rio.
Nenhum cometimento alto e nefando,
Por fogo, ferro, água, calma e frio,
Deixa intentado a humana geração.
Mísera sorte, estranha condição!" —

Justifique a afirmação: “O discurso do Velho do Restelo” está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela coroa lusitana. “


01 - A 02 - D 03 - E 04 - B 05 - A

06 - B 07 - D 08 - C 09 - E 10 - A


01. Identifique a alternativa que não contenha ideais clássicos de arte:
a) Liberdade de criação e predomínio dos impulsos pessoais
b) Formalismo e perfeccionismo
c) Universalismo e racionalismo
d) Valorização do homem (do aventureiro, do soldado, do sábio e do amante) e verossimilhança (imitação da verdade e da natureza)
e) Obediência às regras e modelos e contenção do lirismo
02. (MACKENZIE-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:
a) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo
b) Na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe descenda a “máquina do mundo”
c) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico, portanto no meio da viagem
d) É composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas
e) Tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias
03. Não são modalidade da medida nova:
a) soneto e ode
b) terceto e oitava
c) écloga e sextina
d) canção e elegia
e) trova e vilancete
04. Os Lusíadas - Luís de Camões - O discurso do “Velho Restelo” está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela Coroa Lusitana.
Qual das alternativas abaixo justifica a afirmação:
I) Esse velho, descontente com o empreendimento português de buscar do mundo novas partes, destrói ponto por ponto os ideais que levaram à epopéia das grandes navegações. Começa por desmitificar o ideal da fama, dizendo que ela nada mais é que a vontade de poder, fraude com que os poderosos atiçam as massas para fazê-las apoiar sua política expansionista.
II) “Chamam-te Fama e Glória soberana / Nomes com que se o povo néscio engana. Esse desejo de mandar só produz danos. Mostra que o projeto ultramarino será um desastre para a sociedade portuguesa, ocasionando o despovoamento e o enfraquecimento do país, já que os homens válidos estarão mortos ou em outras terras e, em Portugal, estarão os velhos, as mulheres, os órfãos.
III) Para ele, a empresa navegadora produzirá somente pobreza, adultério, desamparo. Execra ainda os chamados heróis civilizadores, aqueles que fizeram progredir a sociedade humana, por exemplo: Prometeu, que roubou o fogo do céu e deu aos homens; Dédalo, grande arquiteto que fabricou para seu filho Ícaro umas asas, presas com cera nos ombros, com cujo auxílio pretendeu voar. Considera todo avanço técnico intrinsecamente mau, porque ocasionam a ruína de seus empreendedores.
a) I e II
b) I, II e III
c) I e III
d) II
e) II e III
05. O Classicismo propriamente dito, tem por limites cronológicos, em Portugal, as datas de:
a) 1527 e 1580
b) 1502 e 1578
c) 1198 e 1434
d) 1500 e 1601
e) 1434 e 1516
06. (FUVEST-SP) Na Lírica de Camões:
a) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade
b) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX
c) cantar a pátria é o centro das preocupações
d) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos
e) o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior
07. O culto aos valores universais – o Belo, o Bem, a Verdade e a Perfeição – e a preocupação com a forma aproximaram o Classicismo de duas escolas literárias posteriores. Aponte a alternativa que identifica essas escolas:
a) Trovadorismo e Humanismo
b) Romantismo e Modernismo
c) Barroco e Simbolismo
d) Arcadismo e Parnasianismo
08. Assinale a incorreta sobre Camões:
a) Representa a amadurecimento de língua portuguesa, sua estabilização e a maior manifestação de sua excelência literária
b) Sua obra compreende os gêneros épico, lírico e dramático
c) Sua lírica compõe-se exclusivamente de redondilhas e sonetos
d) A lírica de Camões permaneceu praticamente inédita. Sua primeira compilação e póstumas, datada de 1595, e organizada sob o título de As Rimas de Luis de Camões, por Fernão Rodrigues Lobo Soropita
09. Não se relaciona à medida nova:
a) predileção por formas fixas
b) sonetos, tercetos, oitavas e odes
c) versos decassílabos
d) influência italiana
e) cultura popular, tradicional
10. Ainda sobre Camões, assinale a incorreta:
a) A principal diferença entre a poesia lírica e a poesia épica é formal e manifesta-se da utilização de versos de diferentes metros
b) As redondilhas de Camões seguem os moldes da poesia palaciana do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e , mesmo na medida velha, o poeta superou seus contemporâneos e antecessores
c) A lírica na medida velha, tradicional, medieval, vale-se dos motes glosados, das redondilhas e são de cunho galante, alegre madrigalesco
d) Não há um texto definitivo de lírica camoniana. Atribuem-se-lhe cerca de 380 composições líricas, destacando-se os cerca de 200 sonetos, alguns de autoria controversa
e) Camões teria reunido sua lírica sob o titulo de O Parnaso Lusitano, que se perdeu, e do qual há algumas referências nas cartas do poetas
EXERCÍCIOS DE LITERATURA - CLASSICISMO
1) (UNOPAR-PR) Desenvolvimento do comércio de reduzida importância na Idade Média; crescente utilização do dinheiro, invenções e melhoramentos técnicos decorrentes das grandes navegações.
Os dados anteriores integram o painel histórico do
a) Classicismo. d) Arcadismo.
b) Barroco. e) Modernismo.
c) Romantismo.

2) (PUC-SP)
Tu só, tu, puro amor, com força crua, estavas, linda Inês, posta em sossego
Que os corações humanos tanto obriga, De teus anos colhendo doce fruito,
Deste causa à molesta morte sua, Naquele engano da alma ledo e cego,
Como se fora pérfida inimiga. Que a fortuna não deixa durar muito,
Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nos saudosos campos do Mondego,
Nem com lágrimas tristes se mitiga, De teus fermosos olhos nunca enxuito,
É porque queres, áspero e tirano, Aos montes ensinando e às ervinhas,
Tuas aras banhar em sangue humano. O nome que no peito escrito tinhas.

Os Lusíadas, obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo, pode afirmar-se que seu núcleo central
a) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.
b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos.
c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono de Portugal.
d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peito escrito tinha.
e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação ao trono português.
3) FESL - SP
Em Os Lusíadas, Camões:
a) Narra a viagem de Vasco da Gama ás Índias.
b) Tem por objetivo criticar a ambição dos navegantes portugueses que abandonam a pátria à mercê dos inimigos para buscar ouro e glória em terras distantes.
c) Afasta-se dos modelos clássicos, criando a epopéia lusitana, um gênero inteiramente original na época.
d) Lamenta que, apesar de ter dominado os mares e descoberto novas terras, Portugal acabe subjugado pela Espanha.
e) Tem como objetivo elogiar a bravura dos portugueses e o faz através da narração dos episódios mais valorosos da colonização portuguesa.

4) UFPa – PA
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!”
Este poema de Fernando Pessoa retoma, no século XX, a temática da expansão ultramarina também utilizada por:
a) Gil Vicente em seus autos.
b) D. Dinis em seus poemas de amor.
c) D. Dinis em seus poemas de amigo.
d) Camões em sua épica.
e) Bocage em seus sonetos.

5-UF’Pa – PA
Pode-se afirmar que o velho do Restelo é:
a) Personagem central de Os Lusíadas.
b) O mais fervoroso defensor da viagem de Gama.
c) Símbolo dos que valorizam a cobiça e ambição.
d) Símbolo das forças contrárias às investidas marítimas lusas.
e) A figura que incentiva a ideologia expansionista.

6) FUVEST - SP
Na lírica de Camões:
a) O metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha maior.
b) Encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
c) Cantar a pátria é o centro das preocupações.
d) Encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX.
e) A mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade.

7) Vunesp-SP

Apontam-se a seguir algumas características atribuídas pela crítica à epopéia de Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas. Uma dessas características está incorreta. Trata-se de:
a) Concepção da história nacional como uma seqüência de proezas de heróis aristocráticos e militares.
b) Apologia dos poderes humanos, realçando o orgulho humanista de autodeterminação e do avanço no domínio sobre a natureza.
c) Efabulação mitológica.
d) Contraposição da experiência e da observação direta á ciência livresca da Antiguidade.
e) Eliminação do pan-erotismo, existente em parte da lírica, em favor de uma ênfase mais objetiva na narração dos feitos lusitanos.

8) FUVEST-SP
“Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.”

Existe uma forte oposição no interior da estrofe. Identifique-a e dê uma pequena explicação para ela.

9) FUVEST-SP
Camões escreveu obra épica ou lírica? Justifique sua resposta, exemplificando com obras do autor.

10) FUVEST-SP
“Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.”

De poeta muito conhecido, esta é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão. Indique, na relação abaixo, o nome do autor.
a) Bocage d) Luís de Camões.
b) Camilo Peçanha Manuel Bandeira.
c) Gil Vicente

EXERCÍCIOS:
A) TEXTO /QUESTÕES:

TRECHOS DA MORTE DE INÊS DE CASTRO
“Tu, só tu, puro amor (1), com força crua (2),
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua (3),
Como se fora pérfida (4) inimiga.
Se dizem, fero Amor (5), que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga (6),
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras (7) banhar em sangue humano.
Estavas linda, Inês, posta em sossego (8),
De teus anos colhendo doce fruito (9),
Naquele engano da alma, ledo (10) e cego,
Que a Fortuna (11) não deixa durar muito;
Nos saudosos campos do Mondego (12),
De teus formosos (13) olhos nunca enxuito (14),
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.”
1 . o amor comum, o sentimento, com letra minúscula;
2 . com crueldade;
3 . à infeliz morte de Inês;
4 . traidora, maldosa;
5 . feroz Amor, com letra maiúscula, personificado, enti-
dade mitológica;
6 . se sacia, se satisfaz;
7 . altares de sacrifícios;
8 . morta (eufemismo);
9 . fruto;
10. alegre;
11. destino, sorte: com maiúscula, por ser figura mitológica;
12. é um rio que banha Coimbra e às margens do qual
Inês de Castro foi enterrada, segundo consta;
13. formosos;
14. enxuto.
1) Analise o episódio descrito acima explicando a função lírica deste texto dentro do Clássico épico Os Lusíadas.
2) Relacione a temática do texto lido com o mesmo conteúdo da época medieval. Analise o papel do homem e da mu-lher neste episódio.
B) TESTES:
“Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura,
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida,
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.
Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso.
Que um dos sete milagres foi do mundo.
Cum tom de voz que nos fala horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo,
Arrepiam-se as carnes e o cabelo
A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo.”


1) Os fragmentos acima foram retirados do poema épico Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, cujo herói é:
a) o grupo de navegadores responsáveis pela expansão marítima e pelo crescimento do Império Português.
b) O navegador Vasco da Gama, que conseguiu encontrar o caminho para as Índias e possibilitou o desenvolvimento do Império Português no Oriente.
c) O povo português, representado pela figura da Vasco da Gama.
d) O grande rei D. Sebastião, que é homenageado por Camões na Dedicatória.
e) D. Manuel, o Venturoso, no reinado do qual se desen-volveu a trama mostrada na Narração.
2) As duas estrófes mostram um dos episódios mais im-portantes da Os Lusíadas. Esse episódio é:
a) “A Morte de Inês de Castro”;
b) “O Gigante Adamastor”;
c) “A Ilha dos Amores”;
d) “O Velho do Restelo”;
e) “Tétis e a Máquina de Mundo”.
3) A figura apresentada nos versos representa um acidente geográfico. Responda:
a) Que acidente é esse?
b) Qual sua importância na viagem dos portugueses?
4) Analisando formalmente as estrofes, esclareça:
a) Que tipo de versos temos, quanto ao número de sílabas métricas?
b) Qual o esquema rítmico das estrofes? Como se denomi-na esse tipo de rima?
c) Que tipo de estrofes temos?
d) Em que sílabas poéticas recaem os acentos nos versos das duas estrofes?
5) Os fragmentos foram extraídos do:
a) Canto V
b) Canto III
c) Canto IV
d) Canto IX
e) Canto X
6) “Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos Fama
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C’uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
A que novos desastres determinas
de levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?”
As duas estrofes apresentadas fazem parte da:
a) Proposição;
b) Invocação;
c) Dedicatória;
d) Narração ou
e) Epílogo de Os Lusíadas?
7) Camões, na Proposição de Os Lusíadas, demonstra a intenção de cantar:
a) as grandes navegações da Grécia e de Tróia;
b) aquilo que a antiga Musa canta;
c) as guerras, as navegações, a história dos reis e dos homens portugueses ilustres;
d) as valorosas obras dos antigos romanos;
e) a Eneida e a Odisséia.
QUESTÕES:
Texto para os testes 8 e 9:
“Busque Amor novas artes, no engenho,
para mater-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
vede que perigosas seguranças:
que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei por quê.
1) (FUVEST-FGV) Neste poema é possível reconhecer que uma dialética amorosa trabalha a oposição entre:
a) o bem e o mal;
b) a proximidade e a distância;
c) o desejo e a idealização;
d) a razão e o sentimento;
e) o mistério e a realidade.
2) (FUVEST-FGV) Uma imagem de forte expressividade deixa implícita uma comparação com o arriscado jogo de amor. Assinalar a alternativa que contém essa imagem:
a) o engenho do amor;
b) o perigo da segurança;
c) naufrágio em bravo mar;
d) mar tempestuoso;
e) um não sei quê.