domingo, 3 de maio de 2009

Classicismo - exercícios

1. Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
Canto IV – Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 90 a 104)


90

"Qual vai dizendo: —" Ó filho, a quem eu tinha
Só para refrigério, e doce amparo
Desta cansada já velhice minha,
Que em choro acabará, penoso e amaro,
Por que me deixas, mísera e mesquinha?
Por que de mim te vás, ó filho caro,
A fazer o funéreo enterramento,
Onde sejas de peixes mantimento!" —

91

"Qual em cabelo: —"Ó doce e amado esposo,
Sem quem não quis Amor que viver possa,
Por que is aventurar ao mar iroso
Essa vida que é minha, e não é vossa?
Como por um caminho duvidoso
Vos esquece a afeição tão doce nossa?
Nosso amor, nosso vão contentamento
Quereis que com as velas leve o vento?" —

92

"Nestas e outras palavras que diziam
De amor e de piedosa humanidade,
Os velhos e os meninos os seguiam,
Em quem menos esforço põe a idade.
Os montes de mais perto respondiam,
Quase movidos de alta piedade;
A branca areia as lágrimas banhavam,
Que em multidão com elas se igualavam.

93

"Nós outros sem a vista alevantarmos
Nem a mãe, nem a esposa, neste estado,
Por nos não magoarmos, ou mudarmos
Do propósito firme começado,
Determinei de assim nos embarcarmos
Sem o despedimento costumado,
Que, posto que é de amor usança boa,
A quem se aparta, ou fica, mais magoa.

94

(O Velho do Restelo)
"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:

95

—"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!

96

— "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!

97

—"A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?

98

— "Mas ó tu, geração daquele insano,
Cujo pecado e desobediência,
Não somente do reino soberano
Te pôs neste desterro e triste ausência,
Mas inda doutro estado mais que humano
Da quieta e da simples inocência,
Idade d'ouro, tanto te privou,
Que na de ferro e d'armas te deitou:

99

— "Já que nesta gostosa vaidade
Tanto enlevas a leve fantasia,
Já que à bruta crueza e feridade
Puseste nome esforço e valentia,
Já que prezas em tanta quantidades
O desprezo da vida, que devia
De ser sempre estimada, pois que já
Temeu tanto perdê-la quem a dá:

100

— "Não tens junto contigo o Ismaelita,
Com quem sempre terás guerras sobejas?
Não segue ele do Arábio a lei maldita,
Se tu pela de Cristo só pelejas?
Não tem cidades mil, terra infinita,
Se terras e riqueza mais desejas?
Não é ele por armas esforçado,
Se queres por vitórias ser louvado?

101

— "Deixas criar às portas o inimigo,
Por ires buscar outro de tão longe,
Por quem se despovoe o Reino antigo,
Se enfraqueça e se vá deitando a longe?
Buscas o incerto e incógnito perigo
Por que a fama te exalte e te lisonge,
Chamando-te senhor, com larga cópia,
Da Índia, Pérsia, Arábia e de Etiópia?

102

— "Ó maldito o primeiro que no mundo
Nas ondas velas pôs em seco lenho,
Dino da eterna pena do profundo,
Se é justa a justa lei, que sigo e tenho!
Nunca juízo algum alto e profundo,
Nem cítara sonora, ou vivo engenho,
Te dê por isso fama nem memória,
Mas contigo se acabe o nome e glória.

103

— "Trouxe o filho de Jápeto do Céu
O fogo que ajuntou ao peito humano,
Fogo que o mundo em armas acendeu
Em mortes, em desonras (grande engano).
Quanto melhor nos fora, Prometeu,
E quanto para o mundo menos dano,
Que a tua estátua ilustre não tivera
Fogo de altos desejos, que a movera!

104

— "Não cometera o moço miserando
O carro alto do pai, nem o ar vazio
O grande Arquiteto co'o filho, dando
Um, nome ao mar, e o outro, fama ao rio.
Nenhum cometimento alto e nefando,
Por fogo, ferro, água, calma e frio,
Deixa intentado a humana geração.
Mísera sorte, estranha condição!" —

Justifique a afirmação: “O discurso do Velho do Restelo” está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela coroa lusitana. “


01 - A 02 - D 03 - E 04 - B 05 - A

06 - B 07 - D 08 - C 09 - E 10 - A


01. Identifique a alternativa que não contenha ideais clássicos de arte:
a) Liberdade de criação e predomínio dos impulsos pessoais
b) Formalismo e perfeccionismo
c) Universalismo e racionalismo
d) Valorização do homem (do aventureiro, do soldado, do sábio e do amante) e verossimilhança (imitação da verdade e da natureza)
e) Obediência às regras e modelos e contenção do lirismo
02. (MACKENZIE-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:
a) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo
b) Na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe descenda a “máquina do mundo”
c) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico, portanto no meio da viagem
d) É composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas
e) Tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias
03. Não são modalidade da medida nova:
a) soneto e ode
b) terceto e oitava
c) écloga e sextina
d) canção e elegia
e) trova e vilancete
04. Os Lusíadas - Luís de Camões - O discurso do “Velho Restelo” está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela Coroa Lusitana.
Qual das alternativas abaixo justifica a afirmação:
I) Esse velho, descontente com o empreendimento português de buscar do mundo novas partes, destrói ponto por ponto os ideais que levaram à epopéia das grandes navegações. Começa por desmitificar o ideal da fama, dizendo que ela nada mais é que a vontade de poder, fraude com que os poderosos atiçam as massas para fazê-las apoiar sua política expansionista.
II) “Chamam-te Fama e Glória soberana / Nomes com que se o povo néscio engana. Esse desejo de mandar só produz danos. Mostra que o projeto ultramarino será um desastre para a sociedade portuguesa, ocasionando o despovoamento e o enfraquecimento do país, já que os homens válidos estarão mortos ou em outras terras e, em Portugal, estarão os velhos, as mulheres, os órfãos.
III) Para ele, a empresa navegadora produzirá somente pobreza, adultério, desamparo. Execra ainda os chamados heróis civilizadores, aqueles que fizeram progredir a sociedade humana, por exemplo: Prometeu, que roubou o fogo do céu e deu aos homens; Dédalo, grande arquiteto que fabricou para seu filho Ícaro umas asas, presas com cera nos ombros, com cujo auxílio pretendeu voar. Considera todo avanço técnico intrinsecamente mau, porque ocasionam a ruína de seus empreendedores.
a) I e II
b) I, II e III
c) I e III
d) II
e) II e III
05. O Classicismo propriamente dito, tem por limites cronológicos, em Portugal, as datas de:
a) 1527 e 1580
b) 1502 e 1578
c) 1198 e 1434
d) 1500 e 1601
e) 1434 e 1516
06. (FUVEST-SP) Na Lírica de Camões:
a) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade
b) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX
c) cantar a pátria é o centro das preocupações
d) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos
e) o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior
07. O culto aos valores universais – o Belo, o Bem, a Verdade e a Perfeição – e a preocupação com a forma aproximaram o Classicismo de duas escolas literárias posteriores. Aponte a alternativa que identifica essas escolas:
a) Trovadorismo e Humanismo
b) Romantismo e Modernismo
c) Barroco e Simbolismo
d) Arcadismo e Parnasianismo
08. Assinale a incorreta sobre Camões:
a) Representa a amadurecimento de língua portuguesa, sua estabilização e a maior manifestação de sua excelência literária
b) Sua obra compreende os gêneros épico, lírico e dramático
c) Sua lírica compõe-se exclusivamente de redondilhas e sonetos
d) A lírica de Camões permaneceu praticamente inédita. Sua primeira compilação e póstumas, datada de 1595, e organizada sob o título de As Rimas de Luis de Camões, por Fernão Rodrigues Lobo Soropita
09. Não se relaciona à medida nova:
a) predileção por formas fixas
b) sonetos, tercetos, oitavas e odes
c) versos decassílabos
d) influência italiana
e) cultura popular, tradicional
10. Ainda sobre Camões, assinale a incorreta:
a) A principal diferença entre a poesia lírica e a poesia épica é formal e manifesta-se da utilização de versos de diferentes metros
b) As redondilhas de Camões seguem os moldes da poesia palaciana do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e , mesmo na medida velha, o poeta superou seus contemporâneos e antecessores
c) A lírica na medida velha, tradicional, medieval, vale-se dos motes glosados, das redondilhas e são de cunho galante, alegre madrigalesco
d) Não há um texto definitivo de lírica camoniana. Atribuem-se-lhe cerca de 380 composições líricas, destacando-se os cerca de 200 sonetos, alguns de autoria controversa
e) Camões teria reunido sua lírica sob o titulo de O Parnaso Lusitano, que se perdeu, e do qual há algumas referências nas cartas do poetas
EXERCÍCIOS DE LITERATURA - CLASSICISMO
1) (UNOPAR-PR) Desenvolvimento do comércio de reduzida importância na Idade Média; crescente utilização do dinheiro, invenções e melhoramentos técnicos decorrentes das grandes navegações.
Os dados anteriores integram o painel histórico do
a) Classicismo. d) Arcadismo.
b) Barroco. e) Modernismo.
c) Romantismo.

2) (PUC-SP)
Tu só, tu, puro amor, com força crua, estavas, linda Inês, posta em sossego
Que os corações humanos tanto obriga, De teus anos colhendo doce fruito,
Deste causa à molesta morte sua, Naquele engano da alma ledo e cego,
Como se fora pérfida inimiga. Que a fortuna não deixa durar muito,
Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nos saudosos campos do Mondego,
Nem com lágrimas tristes se mitiga, De teus fermosos olhos nunca enxuito,
É porque queres, áspero e tirano, Aos montes ensinando e às ervinhas,
Tuas aras banhar em sangue humano. O nome que no peito escrito tinhas.

Os Lusíadas, obra de Camões, exemplificam o gênero épico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episódio de Inês de Castro, do qual o trecho acima faz parte, é considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa épica. Desse episódio, como um todo, pode afirmar-se que seu núcleo central
a) personifica e exalta o Amor, mais forte que as conveniências e causa da tragédia de Inês.
b) celebra os amores secretos de Inês e de D. Pedro e o casamento solene e festivo de ambos.
c) tem como tema básico a vida simples de Inês de Castro, legítima herdeira do trono de Portugal.
d) retrata a beleza de Inês, posta em sossego, ensinando aos montes o nome que no peito escrito tinha.
e) relata em versos livres a paixão de Inês pela natureza e pelos filhos e sua elevação ao trono português.
3) FESL - SP
Em Os Lusíadas, Camões:
a) Narra a viagem de Vasco da Gama ás Índias.
b) Tem por objetivo criticar a ambição dos navegantes portugueses que abandonam a pátria à mercê dos inimigos para buscar ouro e glória em terras distantes.
c) Afasta-se dos modelos clássicos, criando a epopéia lusitana, um gênero inteiramente original na época.
d) Lamenta que, apesar de ter dominado os mares e descoberto novas terras, Portugal acabe subjugado pela Espanha.
e) Tem como objetivo elogiar a bravura dos portugueses e o faz através da narração dos episódios mais valorosos da colonização portuguesa.

4) UFPa – PA
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!”
Este poema de Fernando Pessoa retoma, no século XX, a temática da expansão ultramarina também utilizada por:
a) Gil Vicente em seus autos.
b) D. Dinis em seus poemas de amor.
c) D. Dinis em seus poemas de amigo.
d) Camões em sua épica.
e) Bocage em seus sonetos.

5-UF’Pa – PA
Pode-se afirmar que o velho do Restelo é:
a) Personagem central de Os Lusíadas.
b) O mais fervoroso defensor da viagem de Gama.
c) Símbolo dos que valorizam a cobiça e ambição.
d) Símbolo das forças contrárias às investidas marítimas lusas.
e) A figura que incentiva a ideologia expansionista.

6) FUVEST - SP
Na lírica de Camões:
a) O metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha maior.
b) Encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
c) Cantar a pátria é o centro das preocupações.
d) Encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX.
e) A mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade.

7) Vunesp-SP

Apontam-se a seguir algumas características atribuídas pela crítica à epopéia de Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas. Uma dessas características está incorreta. Trata-se de:
a) Concepção da história nacional como uma seqüência de proezas de heróis aristocráticos e militares.
b) Apologia dos poderes humanos, realçando o orgulho humanista de autodeterminação e do avanço no domínio sobre a natureza.
c) Efabulação mitológica.
d) Contraposição da experiência e da observação direta á ciência livresca da Antiguidade.
e) Eliminação do pan-erotismo, existente em parte da lírica, em favor de uma ênfase mais objetiva na narração dos feitos lusitanos.

8) FUVEST-SP
“Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.”

Existe uma forte oposição no interior da estrofe. Identifique-a e dê uma pequena explicação para ela.

9) FUVEST-SP
Camões escreveu obra épica ou lírica? Justifique sua resposta, exemplificando com obras do autor.

10) FUVEST-SP
“Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.”

De poeta muito conhecido, esta é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão. Indique, na relação abaixo, o nome do autor.
a) Bocage d) Luís de Camões.
b) Camilo Peçanha Manuel Bandeira.
c) Gil Vicente

EXERCÍCIOS:
A) TEXTO /QUESTÕES:

TRECHOS DA MORTE DE INÊS DE CASTRO
“Tu, só tu, puro amor (1), com força crua (2),
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua (3),
Como se fora pérfida (4) inimiga.
Se dizem, fero Amor (5), que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga (6),
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras (7) banhar em sangue humano.
Estavas linda, Inês, posta em sossego (8),
De teus anos colhendo doce fruito (9),
Naquele engano da alma, ledo (10) e cego,
Que a Fortuna (11) não deixa durar muito;
Nos saudosos campos do Mondego (12),
De teus formosos (13) olhos nunca enxuito (14),
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.”
1 . o amor comum, o sentimento, com letra minúscula;
2 . com crueldade;
3 . à infeliz morte de Inês;
4 . traidora, maldosa;
5 . feroz Amor, com letra maiúscula, personificado, enti-
dade mitológica;
6 . se sacia, se satisfaz;
7 . altares de sacrifícios;
8 . morta (eufemismo);
9 . fruto;
10. alegre;
11. destino, sorte: com maiúscula, por ser figura mitológica;
12. é um rio que banha Coimbra e às margens do qual
Inês de Castro foi enterrada, segundo consta;
13. formosos;
14. enxuto.
1) Analise o episódio descrito acima explicando a função lírica deste texto dentro do Clássico épico Os Lusíadas.
2) Relacione a temática do texto lido com o mesmo conteúdo da época medieval. Analise o papel do homem e da mu-lher neste episódio.
B) TESTES:
“Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura,
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida,
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.
Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso.
Que um dos sete milagres foi do mundo.
Cum tom de voz que nos fala horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo,
Arrepiam-se as carnes e o cabelo
A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo.”


1) Os fragmentos acima foram retirados do poema épico Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, cujo herói é:
a) o grupo de navegadores responsáveis pela expansão marítima e pelo crescimento do Império Português.
b) O navegador Vasco da Gama, que conseguiu encontrar o caminho para as Índias e possibilitou o desenvolvimento do Império Português no Oriente.
c) O povo português, representado pela figura da Vasco da Gama.
d) O grande rei D. Sebastião, que é homenageado por Camões na Dedicatória.
e) D. Manuel, o Venturoso, no reinado do qual se desen-volveu a trama mostrada na Narração.
2) As duas estrófes mostram um dos episódios mais im-portantes da Os Lusíadas. Esse episódio é:
a) “A Morte de Inês de Castro”;
b) “O Gigante Adamastor”;
c) “A Ilha dos Amores”;
d) “O Velho do Restelo”;
e) “Tétis e a Máquina de Mundo”.
3) A figura apresentada nos versos representa um acidente geográfico. Responda:
a) Que acidente é esse?
b) Qual sua importância na viagem dos portugueses?
4) Analisando formalmente as estrofes, esclareça:
a) Que tipo de versos temos, quanto ao número de sílabas métricas?
b) Qual o esquema rítmico das estrofes? Como se denomi-na esse tipo de rima?
c) Que tipo de estrofes temos?
d) Em que sílabas poéticas recaem os acentos nos versos das duas estrofes?
5) Os fragmentos foram extraídos do:
a) Canto V
b) Canto III
c) Canto IV
d) Canto IX
e) Canto X
6) “Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos Fama
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C’uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
A que novos desastres determinas
de levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?”
As duas estrofes apresentadas fazem parte da:
a) Proposição;
b) Invocação;
c) Dedicatória;
d) Narração ou
e) Epílogo de Os Lusíadas?
7) Camões, na Proposição de Os Lusíadas, demonstra a intenção de cantar:
a) as grandes navegações da Grécia e de Tróia;
b) aquilo que a antiga Musa canta;
c) as guerras, as navegações, a história dos reis e dos homens portugueses ilustres;
d) as valorosas obras dos antigos romanos;
e) a Eneida e a Odisséia.
QUESTÕES:
Texto para os testes 8 e 9:
“Busque Amor novas artes, no engenho,
para mater-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
vede que perigosas seguranças:
que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei por quê.
1) (FUVEST-FGV) Neste poema é possível reconhecer que uma dialética amorosa trabalha a oposição entre:
a) o bem e o mal;
b) a proximidade e a distância;
c) o desejo e a idealização;
d) a razão e o sentimento;
e) o mistério e a realidade.
2) (FUVEST-FGV) Uma imagem de forte expressividade deixa implícita uma comparação com o arriscado jogo de amor. Assinalar a alternativa que contém essa imagem:
a) o engenho do amor;
b) o perigo da segurança;
c) naufrágio em bravo mar;
d) mar tempestuoso;
e) um não sei quê.

9 comentários:

Anónimo disse...

Porque você não coloca as respostas dos testes? odiei seu blog. É uma porcaria!

Anónimo disse...

voce tinha que colocar as resposta de que adianta ter exericios sem o gabarito!!!

Anónimo disse...

Seu blog é bom, mas seus exercícios estão sem o gabarito. Como voçê espera que alguém possa conferir as respostas se não tem gabarito?
Na minha opinião esse foi seu erro.

Anónimo disse...

Assim é fácil! Cadê as respostas? Acho que nem você sabe. O único blog que detalha o conteúdo poético é esse:

http://nelsonsouzza.blogspot.com

O resto é enganção!

Marcos Vinicius Bueno disse...

se alguem souber do GABARITO, por favor mande no meu e-mail mlk_oeste@hotmail.com

Anónimo disse...

Kdê o gabarito? Assim nao da neh!

Anónimo disse...

Cara, namoral, vocês são idiotas ou o que? O gabarito está antes dos exercícios, se vocês não viram. Ficam xingando o Blog sem nem se certificarem... Que repugnante.

Anónimo disse...

kkk pois é repugnantes , leiam antes né?!

Rosalia Gonçalves disse...

o blog é muito bagunçado. precisa apenas ser mais didático.