quinta-feira, 29 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

eu



Perdoem-me. Estou a pensar.
Não é um processo doloroso, garanto-vos.
Apenas.... uma pausa reflexiva.

.................................................

(Tetê Macambira)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Saladinha d'eu


Pronto.
Agora, bagunçou geral.

Pode pôr tudo, tudinho mesmo cá dentro:
essa mixórdia confusa
- sou eu.

Eu, uma salada de vivas emoções.

(Tetê Macambira)

Vestibular UFC 2009 - Prova de Língua Portuguesa e Literatura

Prova de Língua Portuguesa e Literatura – Vestibular UFC 2009
Comentada por Profª Tetê Macambira – tmacambira@hotmail.com

Machado de Assis pertence ao grupo dos que, conforme o eu lírico camoniano, “por obras valerosas se vão da lei da morte libertando”. Linhares Filho celebra-o no poema “A Machado de Assis, morto vivo”, que embasará esta prova. Convidamos você a viajar no universo poético de Notícias de bordo. Nessa viagem, Linhares Filho é o capitão; Machado de Assis, o homenageado; você, o nosso convidado de
honra. O destino? A Universidade Federal do Ceará.

A MACHADO DE ASSIS,
MORTO VIVO


01 De que maneira a fundo iremos conhecer-te, 33 embora cada um de nós manobre
02 se muita vez estás noutro lugar, 34 bem a seu modo o timão,
03 mil cabriolas a dar 35 para o leitor abriste uma Escola de Sagres,
04 com a manipulação frequente de um falar 36 onde muito se pode observar,
05 e dois entenderes? 37 dos olhos de ressaca em tua Capitu
06 O que propões, porém, vamos tateando, 38 até os confins da Europa no seu corpo,
07 e o teu pungente riso saboreando. 39 que por Bentinho, enfim, é rejeitado.
08 Algo fica, afinal, de tuas reticências –, 40 Fizeste de Escobar o próprio rio Cobar,
09 mesmo sem se atingir total a tua essência 41 para em Ezequiel, homônimo do bíblico,
10 e não obstante a previsão de Cubas –, 42 denunciar-se por fumos todo um fogo,
11 também nas duas tais colunas da opinião, 43 a culpa intencional da sedução de um mar...
12 não só numa terceira, a dos agudos, 44 E fizeste surgir a dúvida no ar.
13 e assim o teu discurso não é vão.
14 De além dos vermes que roeram 45 Ora com humour, ora com ironia,
15 as tuas frias carnes 46 contra Leibniz puseste Schopenhauer.
16 sem deixar boca para rir 47 De Laurence Sterne filtraste a sátira menipeia.
17 nem olhos para chorar, 48 E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria.
18 escuta-me com a alma que restou 49 Sobressai-te um vigor: a sensual latência,
19 do teu grande naufrágio 50 quase sempre consciente e deletéria,
20 (longe do feroz ágio e do pedágio). 51 qual sangue a latejar por dentro de uma artéria.
21 Aqui estou para dizer-te o quanto 52 Evidenciando aqui, ali insinuando,
22 ainda te ouvimos, lemos e te amamos. 53 soubeste registrar o desconforto,
23 Ensinaste-nos que há sempre 54 o descontentamento e a frustração
24 uma gota da baba de Caim, 55 da nossa humana condição
25 tanto a vontade como a ação umedecendo 56 desde o emplasto de Brás Cubas
26 de indivíduos, de classes ou de tribos. 57 à solda da opinião.
27 Que por batatas uns aos outros se consomem. 58 E aqui ficamos tristes e inquietos
28 (Quantos, qual tu sem Deus, acham que a morte é o fim!) 59 com as mil formas de ser da humana Dor.
29 Joaquim Maria, as tuas esquivanças, 60 Muito amor ainda falta e pão. Faltam mais tetos,
30 silêncios e trejeitos e artimanhas 61 a paz pública falta e a paz interior.
31 deram-nos luz para a experiência do homem. 62 Sentimo-nos pequenos e incompletos.
32 E, quanto a nado, mar, navegação,
LINHARES FILHO, José. A Machado de Assis, morto vivo. In: _____________.
Notícias de bordo: poemas selecionados. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 91-93.

01. Além de a Machado de Assis, em Notícias de bordo, Linhares Filho presta homenagem a outros mestres
da Literatura de Língua Portuguesa. A seguir, você dispõe de versos de alguns poemas dessa obra.
Associe corretamente os versos transcritos na segunda coluna ao autor homenageado.

(1) Carlos Drummond de Andrade
(2) Miguel Torga
(3) Camões

( ) A clara voz ouvimos-te, a compor / toda a beleza ideal dos Cantos tersos, / com aspectos entre si assaz reversos. / Ardente e rico, o teu interior.
( ) Boitempos choram, uma viola chora, / e chora minha lira entristecida.
( ) Da terra a força é em ti um dom que cria / as linhas de um roteiro mais corretas. / Dessa terra nos passas a magia / que faz sempre maiores os poetas.
( ) Tanto ensinou que amar se aprende amando, / que além do humor, do corpo, além da rosa, / do ferro de Itabira foi paira

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) 3 – 1 – 2 – 1.
B) 3 – 3 – 2 – 1.
C) 3 – 2 – 1 – 3.
D) 2 – 1 – 2 – 3.
E) 2 – 3 – 1 – 1.
02. De acordo com a primeira estrofe do poema (versos 01-31), é correto afirmar que, na obra machadiana:

A) o uso frequente de reticências é uma importante peça comunicativa.
B) o riso é provocado por expressões pueris, as quais são bastante recorrentes.
C) o indianismo é evidenciado pelo relato dos hábitos de tribos indígenas brasileiras.
D) os silêncios se fazem notar nas significativas páginas em branco entre as partes dos romances.
E) a sociedade brasileira é retratada de modo idealizado, pois Machado esquiva-se de um relato mais realista
03. O verso “E fizeste surgir a dúvida no ar” (verso 44) traz à tona a temática da traição feminina, abordada num dos mais famosos romances de Machado de Assis e resumida no célebre questionamento: Capitu traiu ou não o seu marido, Bento Santiago?
Leia a afirmação a seguir e assinale a alternativa cujos termos, na ordem em que aparecem, substituem os números, completando corretamente as informações.

A temática da traição feminina foi ainda explorada por Machado num de seus mais famosos contos:
(1). Em Portugal, (2), festejado por críticos literários do mundo inteiro como o escritor mais representativo do Realismo luso no âmbito da prosa de ficção, trabalhou com a temática em questão, no romance (3).

A) “Miss Dollar”; Miguel Torga; Vindima.
B) “A cartomante”; Eça de Queirós; O primo Basílio.
C) “Flor anônima”; José Saramago; Memorial do convento.
D) “Pai contra mãe”; Camilo Castelo Branco; Amor de perdição.
E) “Cantiga de esponsais”; Alexandre Herculano; Eurico, o presbítero
04. Os excertos “De além dos vermes que roeram / as tuas frias carnes” (versos 14-15), “[Ensinaste-nos] Que
por batatas uns aos outros se consomem” (verso 27) e “dos olhos de ressaca em tua Capitu” (verso 37)
realizam intertextualidade, respectivamente, com os seguintes romances de Machado de Assis:

A) Memórias póstumas de Brás Cubas; Esaú e Jacó; Dom Casmurro.
B) Ressurreição; Dom Casmurro; Memórias póstumas de Brás Cubas.
C) Memórias póstumas de Brás Cubas; Quincas Borba; Dom Casmurro.
D) Quincas Borba; Dom Casmurro; Memórias póstumas de Brás Cubas.
E) Memórias póstumas de Brás Cubas; Memorial de Aires; Dom Casmurro
05. O discurso machadiano caracteriza-se, em boa medida, pela ambiguidade e pela utilização do humor e da
ironia: é o que nos diz o eu lírico do poema em “com a manipulação frequente de um falar / e dois entenderes” (versos 04-05) e em “Ora com humour, ora com ironia, / contra Leibniz puseste Schopenhauer” (versos 45-46).
Analise as afirmações acerca de outras características do discurso machadiano e, em seguida, assinale a alternativa correta.

I. O discurso machadiano caracteriza-se, também, pela frequente utilização de apóstrofes. Há apóstrofe
em “Musa consoladora, / É no teu seio amigo e sossegado / Que o poeta respira o suave sono” (“Musa Consolatrix”, Crisálidas, 1864) e em todas as vezes em que o narrador machadiano, ao longo de romances e de contos, dirige-se ao leitor.
II. O discurso machadiano caracteriza-se, também, pela utilização de outra figura de estilo: a gradação. Em
“Mas a infeliz vencida / A mágoa, a dor, o ódio, / Na face envilecida / Cuspiu-lhe” (“Epitáfio do México”,
Crisálidas, 1864), há gradação descendente.
III. O discurso machadiano caracteriza-se, também, pela utilização de zeugmas. Há zeugma em “Deus recebe em ouro, Satanás em papel” (Dom Casmurro, 1900) e em “Não era baile; apenas um sarau íntimo” (“Um homem célebre”, Várias histórias, 1896).

A) Apenas II é verdadeira.
B) Apenas III é verdadeira.
C) Apenas II e III são verdadeiras.
D) Apenas I e II são verdadeiras.
E) Apenas I e III são verdadeiras.
06. Com a expressão “grande naufrágio”, em “escuta-me com a alma que restou / do teu grande naufrágio”
(versos 18-19), o eu lírico do poema refere-se:

A) ao malogro do último romance de Machado de Assis, Memorial de Aires (1908), motivo de seu
afastamento da vida literária, pouco antes da sua morte.
B) à maneira como morreu Machado de Assis, no naufrágio do vapor Hermes, que ocorreu próximo à
cidade de Macaé (RJ), em 1908.
C) à condição espiritual de Machado de Assis após o falecimento de sua companheira, Carolina (1904),
com quem viveu 35 anos.
D) à morte de Machado de Assis, em 1908, de modo que a expressão “grande naufrágio” aparece no
poema como uma metáfora para morte.
E) à decadência moral de Machado de Assis ao fim de sua vida, resultado do seu contato com os vícios
sociais por ele denunciados ao longo de sua produção literária.
07. Assinale a alternativa cujo significado do vocábulo destacado na frase mantém-se igual ao significado do
mesmo vocábulo no poema.

A) “pungente” (verso 07) – O pungente sabor do tamarindo fez-me exceder na ingestão de açúcar.
B) “vão” (verso 13) – Entre a cômoda e a parede, havia um vão onde guardava o dinheiro.
C) “ressaca” (verso 37) – Os olhos de ressaca de Maria não lhe negavam a insônia.
D) “deletéria” (verso 50) – Embora deletéria a ambiência em que vivia, não se corrompeu.
E) “emplasto” (verso 56) – Não se pode contar com essa garota para nada: é um emplasto.
08. O eu lírico do poema refere-se a Machado de Assis como morto vivo. Assinale a alternativa na qual está
presente o excerto do poema que explica o porquê dessa alcunha.

A) “escuta-me com a alma que restou / do teu grande naufrágio” (versos 18-19).
B) “Aqui estou para dizer-te o quanto / ainda te ouvimos, lemos e te amamos” (versos 21-22).
C) “Sobressai-te um vigor: a sensual latência, / quase sempre consciente e deletéria, / qual sangue a
latejar por dentro de uma artéria” (versos 49-51).
D) “soubeste registrar o desconforto, / o descontentamento e a frustração / da nossa humana condição”
(versos 53-55).
E) “E aqui ficamos tristes e inquietos / com as mil formas de ser da humana Dor” (versos 58-59).
09. Acerca dos elementos constitutivos do verso “E o vulnerável, mestre, apanhas com mão fria” (verso 48),
analise as assertivas a seguir e coloque V ou F conforme sejam verdadeiras ou falsas.

( ) “mestre” exerce função de vocativo, assim como “Joaquim Maria” (verso 29).
( ) “apanhas” tem como sujeito “tu”, que remete a “Joaquim Maria” (verso 29).
( ) “E” exerce a mesma função que em “o desconforto, / o descontentamento e a frustração / da
nossa humana condição” (versos 53-55).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) F – F – V.
D) V – F – F.
E) V – V – F.
10. Cada alternativa a seguir apresenta um trecho da obra Memórias póstumas de Brás Cubas. Assinale a única em que o verbo “haver” mantém-se impessoal pelo mesmo motivo que em “Ensinaste-nos que há sempre / uma gota da baba de Caim, / tanto a vontade como a ação umedecendo / de indivíduos, de classes ou de tribos” (versos 23-26).

A) “Havia já dois anos que não nos víamos”.
B) “Verdade é que não houve cartas nem anúncios”.
C) “Já havia corrido a cidade toda, com umas saudades...”.
D) “O verdadeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira”.
E) “Ele, porém, houve-se com a maior delicadeza e habilidade, despedindo-se tão alegremente que me
animou a perguntar-lhe se deveras me não achava doudo”.
11. Cada alternativa a seguir apresenta um trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas em que ocorre o uso
de “qual”. Assinale a única em que “qual” está empregado com a mesma função que assume em “Quantos, qual tu sem Deus, acham que a morte é o fim!” (verso 28).

A) “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”.
B) “Cada qual prognosticava a meu respeito o que mais lhe quadrava ao sabor”.
C) “Minto: amanheceu morta; saiu da vida às escondidas, tal qual entrara”.
D) “Quem diria, há anos... Um homenzarrão! E bonito! Qual! Você não se lembra de mim”.
E) “Já prometeu a si mesmo escrever uma breve memória, na qual relate o achado do livro”.
12. Cada alternativa a seguir apresenta um trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas em que há a presença do acento grave. Assinale a única em que o acento grave está empregado pela mesma razão por que foi usado em “desde o emplasto de Brás Cubas / à solda da opinião” (versos 56-57).

A) “Creio que prefere a anedota à reflexão”.
B) “Vejo-a assomar à porta da alcova, pálida, comovida”.
C) “Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira”.
D) “O que você quer é passar mansamente do sótão à sala de jantar”.
E) “Fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce ‘por pirraça’”.



O texto dos comentários tomou como referência as obras a seguir.
ASSIS, Machado de. Obras completas. v. 1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Literatura Brasileira. 10. ed. São Paulo: Ática, 1999.
_______. Gramática. São Paulo: Ática, 1998.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3. ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
LINHARES FILHO, José. O poético como humanização em Miguel Torga. Fortaleza: Casa de José de
Alencar / UFC, 1997.
MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2005.
PÉREZ, Renard. Esboço biográfico: Machado de Assis e a sua circunstância. In: ASSIS, Machado de. Obras
completas. v. 1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 67-92.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Les chansons d'amour"



 Ficha Técnica:
Elenco
Fonte: Wikipédia

Um filme sem final feliz, representando o comodismo e a fugacidade da vida. Uma excelente crítica foi apresentada pelo blogue "Viciado em cinema e TV".



Vale conferir - igualmente - o que o blogue "amor pelas coisas belas" diz a respeito desse filme e de outros

Seguem-se postagens com as letyras da trilha sonora desse filme.

Je n'aime que toi



Petit salaud, ton jeu est clair
tu veux tout sans rancune
le beurre, le cul de la crêmière
deux pour le prix d'une
> petite garce que tu es vulgaire
que c'est laid dans ta bouche
que cette jalousie m'indiffère
vois comme tu te couches <

>> Je suis le pont sur la rivière
qui va de toi à toi
traversez-moi, la belle affaire

Embrassez-vous sur moi hmmm hmm <<
> Je n'aime que toi hmm
Je n'aime que toi <

Petit salaud, petit pervers
où as-tu mis les doigts ?
d'où viennent ces odeurs étrangères
surement pas de moi

> Petite garce va donc te faire
tu n'es pas moins farouche
non tu n'es pas moins adultère
vois comme elle te touche <

>> Je suis le pont sur la rivière
qui va de toi à toi
me passer dessus, la bonne affaire
m'enjamber pourquoi pas hm hm hm

Je n'aime que toi, toi toi, toi toi
Je n'aime que toi <<

Petit salaud qui tu préfères?
qui tu veux fais ton choix ?
Le bon vieux temps, la nouvelle air
C'est elle ou moi
> Petite garce qui je préfères
Tu le sais mieux que moi
Je préfères que tu sois légère
à la guerre à Troie <

>> Je suis le pont sur la rivière
Vos guerres me laissent de bois
Piétinez-moi, que puis-je y faire
Je ne bouge pas de là, la la, la la <<
> Je n'aime que toi ,la lala lala
Je n'aime que toi, la lala lala
Je n'aime que toi, la lala lala <
>> Je n'aime que toi <<

Tradução:

Eu Amo Só Você

Julie: Pequeno cafajeste, seu jogo é claro
você quer tudo, sem rancor
a manteiga, a cobertura
duas pelo preço de uma

Ismael: Pequena garota, você é tão vulgar
que é feio o que sai da sua boca
esta sua inveja não me atinge
vejo como você se deita

Alice: Eu sou a ponte sobre o rio
que vai de você a você
me atravessem, é um bom negócio

Beijem-se sobre mim hmmm hmm
Eu amo só você
eu amo só você

Julie: Pequeno canalha, pequeno perverso
onde você enfiou seus dedos?
de onde vem estes odores estranhos?
certamente não de mim

Ismael: Pequena garota, vá se tratar
você não é menos selvagem
não, você não é menos adúltera
vejo como ela te toca

Alice: Eu sou a ponte sobre o rio
que vai de você a você
passe-me por cima, é um bom negócio
atravessem por mim porque sim hm hm hm

Ismael: Eu amo só você
Eu amo só você

Julie: Pequeno canalha o que você prefere?
Quem vai ser a sua escolha?
Os bons e velhos tempos, o novo ar
É ela ou eu

Ismael: Pequena garota o que eu prefiro
você sabe melhor que eu
eu prefiro que você seja ligeira
do que esta guerra à três

Alice: Eu sou a ponte sobre o rio
as suas guerras eu já larguei de mão
Desistam de mim, que o que eu ia fazer
não tem mais jeito la la la
Eu amo só você la la la
Eu amo só você la la la la

*Esta música pertence ao filme "Les Chansons D'Amour", por isso à menção aos personagens Ismael, Julie e Alice*

La Ville



Parce qu'on a vu des enfants
dans des feuilletons judiciaire
pleurer après leurs parents
qui leur ont fait des manières

Parce que des femmes en serre-têtes
défilent sous des pancartes
au bucher des tapettes
sous la statue de Jeanne d'Arc

Parce qu'un dimanche 1er mai
près du canal Monsieur Pierre
il y a 10ans s'est tué d'un coup de revolver

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

Parce que la Seine nous a dit
les corps jetés dans son lit
toutes ces saint-Barthélémy
ces guerres de colonies
Parce des colleurs d'affiches
Parce que des poseurs de bombes
parce qu'on vote comme en Autriche
qu'on salit meme les tombes
Parce qu'hier Monsieur Maurice
est sorti de prison
qu'il a joué au tennis manger du saucisson

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

Parce qu'un jour Monsieur Untel
Parce qu'un jour Monsieur Machin
est mort derrière une poubelle ou sous un train

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

On voudrait quitter la ville
Passer des Buffalo Grill des hôtels Campaniles
Quitter la ville
Retrouver la vie facile
des tas d'idées campaniles

On voudrait quitter la ville
Quitter la ville

(Alex Beaupain)

La Distance



Le mystère de tes yeux là
Ce mystère qu'en faire ?
Tu ne sais pas
Le secret de ton état
Les secrets, j'en ai des tas
Cette barrière entre nous
Cette barrière qu'en faire ?
Ce garde-fou
Passer la frontière de ton état
Les pieds sur tes terres
Regarde-moi

Il faudra bien que tu t'avances
Si on veut combler la distance
Entre nous
Il faudrait t'accrocher plus fort
Si tu veux t'accrocher encore
A mon cou

Sur tes terres, il fait si froid
Cet hiver qu'en faire
Ne vois-tu pas ?
Que du sol au ciel de ton état
Tout n'est que gel
Réchauffe-toi

Il faudra bien que tu t'avances
Si on veut combler la distance
Entre nous
Il faudrait t'accrocher plus fort
Si tu veux t'accrocher encore
A mon cou

Le mystère de tes yeux là
Ce petit mystère il tient à quoi ?
Se pauvre mystère en sale état
N'a rien à faire entre tes bras.


(Alex Beaupain)

J'ai cru Entendre



Mon petit depuis ce matin
J'ai trainé comme un cretin
Au niveau du caniveau
de Montparnasse à Chateau d'Eau
j'ai bu des verres, des verres, et puis des verres
Zubrowska, Riesling, Piper
À court de tout à bout de moi
Je suis revenu chez toi
Moi je voulais juste un corps
je cherchais seulement des bras
un lit de reconfort des délices sous les draps
mais hélas au lieu de ça

J'ai cru entendre Je t'aime
J'ai pensé c'est son problème
J'ai cru entendre je t'aime
J'ai pensé c'est son problème
Peu importe que tu y crois
Peu importe que je sois
À bout de moi
À court de tout
Mais pas de ça entre nous

Être un corps je suis d'accord
T'offrir mes bras pourquoi pas
Mon lit ok encore
pour rire a salir les draps
mais je crains que pour tout ça
Tu doives entendre je t'aime
Tu doives entendre je t'aime

Je suis vieux, veuf et sectaire
Un pauvre imbecile secretaire

Je suis beau, jeune et breton
Je sens la pluie, l'ocean et les crèpes au citron
Tais-toi un peu petit trésor
Tu as tout faux une fois encore
J'suis très precieux epargne moi
D'accord mais entre nous pas de ça
Être un corps je suis d'accord
Je cherchais seulement des bras
Mon lit ok encore
des delices sous les draps
Mais je crains que pour tout ça
Tu doives entendre..

(Alex Beaupain)

Inventaire



Un serment à l'eau
Deux paroles en l'air
Trois petits bateaux
oubliés par terre
un peu de ta bouche
beaucoup de ta gueule
Quatre poils dans la douche
tu vivrais mieux seul
tes erreurs
mes jugements
mes jurons
tes errements

> et après ? <

après on rêve d'avant
rien de secret,
tout se perd,
de quoi avons-nous l'air
à l'heure de l'inventaire
de quoi avons-nous l'air
de quoi avons-nous l'air

Cinq minutes chrono
on fera mieux demain
Six mauvaises photos d'inceste ou d'un saint

> Sept appels de ta mère
1 message par heure
tu pourrais décrocher
marre du répondeur <
tant est plus pour trois fois rien
trop de mal pour un bien
au bout du compte
amour tu m'aimes combien ?

rien de secret,
tout se perd,
de quoi avons-nous l'air
à l'heure de l'inventaire
de quoi avons-nous l'air
> de quoi avons-nous l'air <
de quoi avons-nous l'air
> de quoi avons-nous l'air <

Huit ans à t'aimer
c'était un jeudi
la terminale B
pas une lettre depuis
Neuf je ne sais plus bien
je vais pas mentir
je ne trouve plus rien de neuf à te dire
que te reste-t-il de moi ?
> mieux vaut en rester là <

mais dis-moi
est-ce que je compte pour toi ?

(Alex Beaupain)

Brooklyn Bridge



Paris paraît déjà si loin
Paris paraît petit
Nous serons mieux nous serons bien
Noyés dans la city
Qu'importe

Qu'il pleuve sur kennedy airport
J'ai peur pendant l'aterrissage
Mais tu me tiens la main
Alors comme un garçon bien sage
Je pleurerais dans mon coin
Qu'importe

Le ridicule si tu m'escortes
Sur le pont de brooklyn
Ma petite amoureuse
Riait face au building
Comme une enfant joyeuse

Avril dépose sur manhattan
Du soleil et du bleu
Comme une éternité qui plane
Sans trait parc nous deux
Qu'importe
Ton écharpe que le vent m'emporte
Puisqu'à l'heure ou broadway s'agit
Nous dansons sur les toits
Du 218 à palm street
Moi robert toi lisa
Qu'importe

New york new york si ta voix porte

Sur le pont de brooklyn
Ma petite amoureuse
Défiait les building
Comme une enfant teigneuse

Je te jure sur nos amérique
Si je retourne là-bas
Si je retraverse l'atlantique
Je t'emmène avec moi
Qu'importe
Mon amour que tu sois morte

Loin du pont de brooklyn
Loin de loadsone river
De lampes à estate building
De la crister tower
Loin du café florent
De new york au printemps

Au Parc



Même soleil d'hiver
Mêmes bruits de brindilles
Le bout des doigts glacé
Le givre sur les grilles
Mêmes odeurs d'humus
La terre qui se terre

Tout y sera, tout y sera
A part toi

Parc de la Pépinière, fin de semaine,
Encore une heure, encore une heure à peine,
Encore une heure de jour et la nuit vient

Même température,
Le mercure à zéro
Même mélancolie fauve
Au portillon du zoo
Mêmes parents pressés,
Leurs enfants en manteaux

Tout y sera, tout y sera
A part toi

Parc de la Pépinière, fin de semaine,
Encore une heure, encore une heure à peine,
Encore une heure de jour et la nuit vient

J'aurais beau décalquer
Refaire les mêmes parcours
Reprendre les mêmes allées
Au mêmes heures du jours
J'aurais beau être la même
J'aurais beau être belle

Tout y sera, tout y sera
A part toi

Parc de la Pépinière, fin de semaine,
Encore une heure, encore une heure à peine,
Encore une heure de jour et la nuit vient
Et puis... rien.

Delta Charlie Delta



C'est mon dernier morceau dans l'air
c'est mon dernier rêve à la morgue
mon single pour célibataire
ma terreur dans un nom de code
delta charlie delta
sur la fréquence de la police
delta charlie delta
la chanson de la mort qui glisse
c'est un tube à tomber par terre
mais tu tombes avant de l'entendre
c'est la poussière à la poussière
le méchant petit tas de cendre
delta charlie delta
le stromboscope de l'ambulance
delta charlie delta
la chanson de la mort qui danse
c'est ton père qui dit que tu dors
ta mère qui voudrait te toucher
c'est le poids autour de ton corps
pour comprendre enfin que tu es
delta charlie delta
ca se danse la tete contre les murs
delta charlie delta
la chanson de la mort qui dure
delta charlie delta
sur la fréquence de la police
delta charlie delta
la chanson de la mort qui glisse
delta charlie delta
le stromboscope de l'ambulance
delta charlie delta
la chanson de la mort qui danse

Il faut se taire



Ismaël :
Se taire
tu m'en as tant dit, plus rien ne m'étonne
Se faire des serments muets, des promesses aphones
Les mots de trop
il faut se taire
nos langues se fatiguent, ménageons les pour

Alice :
se faire langue contre langue un dialogue de sourd

Ismaël :
parfois, crois moi,
on doit se taire

Alice :
garde ta salive que je puisse enfin
la faire couler dans ma gorge comme un doux venin

Ismaël :
Les mots

Ismaël et Alice :
de trop
il faut se taire

Alice :
nos lèvres sont sèches et nos bouches ont mieux
à faire que se prendre au mot, que se prendre au jeu

Ismaël :
parfois, crois moi,
on doit se taire
enfin

Alice :
se taire
à la fin

Tradução:


calar
ja falou muito, nada mais me espanta
fazer
juramentos mudos, promessas afônicas
as palavras em demasia
é preciso calar
nossas linguas se cansan, deixemos que descansem
fazer
língua contra língua
um diálogo de surdos
por vezes crê em mim
devemos nos calar
guardar sua saliva para que eu possa por fim
fazê-la
correr pela minha garganta como um doce veneno
as palavras em demasia
é preciso
calar meus lábios estão secos e nossas bocas tem mais
do que prenderem palavras
do que prenderem o jogo
por vezes
crê em mim
devemos nos calar
por fim
calar
no fim.

La Bastille



Il pleut des cordes sur le génie
De la place de la Bastille
Nous marchons sous un ciel gris
Percé par des milliers d’aiguilles

Il pleut des cordes sur le génie
Les nuages trop lourds s’abandonnent
De l’eau pour les gens de Paris
Pour l’ange nu sur la colonne

A l’horizon de nos fenêtres
Plus rien ne bouge, plus rien ne vit
Comme Paris semble disparaître
Dilué dans de l’eau de pluie

A l’horizon le ciel défait
L’ange ruisselant se dessine
On voudrait s’aimer à jamais
Sous cette pluie que rien ne termine

Il pleut des cordes sur le génie
De la place de la Bastille
Boire du thé tout l’après-midi
De ces dimanches de camomille

Il pleut des cordes sur le génie
Qui aurait cru que si peu d’eau
Ferait fuir les gens de Paris
Laissant l’ange trop seul et trop haut

A l’horizon de nos fenêtres
Plus rien ne bouge, plus rien ne vit
Comme Paris semble disparaître
Dilué dans de l’eau de pluie

A l’horizon le ciel défait
L’ange ruisselant se dessine
On voudrait s’aimer à jamais
Sous cette pluie que rien ne termine

Il pleut des cordes sur le génie
De la place de la Bastille
Nous nous couchons avant minuit
Dans des draps chauds qu’on éparpille

Il pleut des cordes sur le génie
On sort des repas de famille
L’ange ruisselant dans la nuit
Déploie ses ailes sur la Bastille

Tradução:

A Bastilha

Chove a cântaros sobre o cupido
Da praça da Bastilha
Andamos sob um céu cinzento
Perfurado por milhares de agulhas
Chove a cântaros sobre o cupido
As nuvens pesadas demais cedem
As águas para as pessoas de Paris
Pelo anjo nu em sua pilastra

Ao horizonte de nossas janelas
Nada mais se move, nada mais vive
Como Paris parece desaparecer
Diluída nas águas da chuva
Ao horizonte o céu desaba
O anjo gotejante toma forma
Gostariamos de nos amar para sempre
Sob a chuva que não tem fim

Ainda chove sobre o cupido
Da praça da Bastilha
Beber chá toda a tarde
Nesses domingos de camomila
Chove a cântaros sobre o cupido
Quem acreditaria que um pouco de água
Faria fugir as pessoas de Paris
Deixando o anjo tão só e tão alto

Ao horizonte de nossas janelas
Nada mais se move, nada mais vive
Como Paris parece desaparecer
Diluída nas águas da chuva
Ao horizonte o céu desaba
O anjo gotejante toma forma
Gostariamos de nos amar para sempre
Sob a chuva que não tem fim
hum hu hu hum hu hu hum

Chove perpetuamente sobre o cupido
Da praça da Bastilha
Deitamo-nos antes da meia-noite
Em lençõis quentes que espalhamos
Chove perpetuamente sobre o cupido
Deixamos as refeições de família
O anjo gotejante na noite
Estende suas asas sobre a Bastilha

Le yeux au ciel




Les yeux au ciel
Les nuages blancs dans le bleu parfait
Nulle trace de dieu au ciel
Ces nuages lents dans le bleu défait

Le soleil inonde le ciel
Mes jours en hiver passés à t'oublier
Où chaque seconde est une poignée de terre
Où chaque minute
Est un sanglot
Vois comme je lutte
Vois ce que je perds
En sang et en eau
En sang et en eau

Je jette au ciel
Ces galets polis
Que tu peignais en vert
Mais nulle reponse du ciel
Nul ricochet sur cette mer a l'envers

Le soleil inonde le ciel
Mes jours en enfer passés a t'enterrer
Où chaque seconde est une poignée de terre
Où chaque minute
Est un caveau
Vois comme je lutte
Vois ce que je perds
En sang et en eau
En sang et en eau

J'éspère qu'au ciel
Des diables malins coupent au anges leurs ailes
Pour que tu retombes du ciel
Dans mes bras ouverts
Cadeau providenciel

Mais chaque seconde est une poignée de terre
Mais chaque seconde est une poignée de terre
Mais chaque minute
Est un tombeau
Vois comme je lutte
Vois ce que je perds
En sang et en eau
En sang et en eau

Tradução:

Meus olhos fixos no céu
As nuvens brancas contra o azul

perfeito
Nenhum sinal de Deus no céu
As nuvens lentas no azul desgastado
Inundadas pela luz do sol no céu
Meus dias de inverno que passei

esquecendo você.

E cada segundo é um punhado de

terra
Cada minuto é como um soluço
Veja a força com que luto
Veja o quanto eu perco
Em sangue e lágrimas
Em sangue e lágrimas
Lá em cima, no céu, essas pedras

pintadas de verde
Mas não há resposta alguma
Vinda do céu
Nenhum reflexo sobre o brilho

vidráceo do mar
Inundado pela luz do sol, o céu
Meus dias no inferno que passei

enterrando você

E cada segundo é um punhado de

terra
Cada minuto é como um túmulo
Veja a força com que luto
Veja o quanto eu perco
Em sangue e lágrimas
Em sangue e lágrimas
Espero que, no céu, pequenos diabos

astutos
partam as asas dos anjos
Para que eles caiam do céu
nos meus braços, como um presente,

uma bênção real

Mas cada segundo é um punhado de

terra
Mas cada segundo é um punhado de

terra
Cada minuto é como um túmulo
Veja a força com que luto
Veja o quanto eu perco
Em sangue e lágrimas
Em sangue e lágrimas

Bonnes Raisons



Ton feu nourri de questions
sur le pourquoi du comment
de mon coeur et ses raisons
ne trouvent pas de répondant
je ne manque pas
de bonnes raisons pour t'aimer
je ne vois pas
pour quelles raisons te les donner ?!?
mes bonnes raisons pour t'aimer
pourquoi te les donner ?

est-ce ta jolie paire de fesses
la peur de la solitude
le hasard et la paresse
ou une mauvaise habitude
je ne manque pas <
pourquoi les taire ?
> de bonnes raisons pour t'aimer
je ne vois pas
pour quelles raisons te les donner <
des bonnes raisons pour m'aimer
> pourquoi te les donner ?!? <

> Mon petit ange
voudrait que je chante ses louanges <
gloria
> Ma sainte relique
demande son cantique des cantiques
alléluia

Peut-être est-ce pour ton odeur
ta façon de t'endormir
peut-être aussi pour ta soeur
ton argent ou encore pire
Je ne manque pas <
pourquoi les taire ?
> de bonnes raisons pour t'aimer
Je ne vois pas
pour quelles raisons te les donner ?!?
Mes bonnes raisons pour t'aimer
Pourquoi te les donner ?

Tradução

Teu fogo alimenta as questões
Sobre o porquê de como
O meu coração e suas razões
Não encontram resposta
Eu estou cheio
De boas razões para te amar
Eu não vejo
Quais razões te dar?!?
Minhas boas razões para te amar
Por que te dá-las?

É o teu bonito par de bundas
O medo da solidão
O acaso e a preguiça
Ou um mau hábito
Eu estou cheio <
Por que calá-las?
> de boas razões para te amar
Eu não vejo
Quais razões te dar <
Das boas razões para me amar
> por que te dá-las?!? <

> meu pequeno anjo
Queria eu cantar seus elogios
Gloria
> minha santa relíquia
Peça seu cântico dos cânticos
Aleluia

Talvez seja por teu cheiro
O teu jeito de adormecer
Talvez também por tua irmã
Teu dinheiro ou ainda pior
Eu estou cheio <
Por que calá-las?
> de boas razões para te amar
Eu não vejo
Quais razões te dar
Minhas boas razões para te amar
Por que te dá-las?


(Alex Beaupain)

As-tu déjà aimé?



(Alex Beaupain)


As-tu déjà aimé
pour la beauté du geste?
As-tu déjà croqué
la pomme à pleine dent?
Pour la saveur du fruit
sa douceur et son zeste
T'es tu perdu souvent?

Oui, j'ai déjà aimé
pour la beauté du geste
mais la pomme était dure.
Je m'y suis cassé les dents.
Ces passions immatures,
ces amours indigestes
m'ont écoeuré souvent

Les amours qui durent
font des amants exsangues,
et leurs baisers trop mûrs
nous pourrissent la langue

Les amour passagères
ont des futiles fièvres,
et leur baiser trop verts
nous écorchent les lèvres

Car a vouloir s'aimer
pour la beauté du geste,
le ver dans la pomme
nous glisse entre les dents.
Il nous ronge le coeur,
le cerveau et le reste,
nous vide lentement

Mais lorsqu'on ose s'aimer
pour la beauté du geste,
ce ver dans la pomme
qui glisse entre les dents,
nous embaume le coeur,
le cerveau et nous laisse
son parfum au dedans

Les amours passagères
font de futils efforts
Leurs caresses ephémères
nous faitguent le corps

Les amours qui durent
font les amants moins beaux
Leurs caresses, à l'usure,
ont raison de nos peaux.
Você já amou
pela beleza do gesto?
Você já mordeu
a maçã com todos os dentes?
Pelo sabor do fruto,
a sua doçura e seu gesto
Já se perdeu algumas vezes?

Sim, eu já amei
Pela beleza do gesto.
Mas a maçã era dura,
e quebrei os dentes.
Essas paixões imaturas,
esses amores indigestos
Deixaram-me mal disposto algumas vezes.

Mas os amores que duram
Tornam os amantes exaustos
E o beijo deles demasiado maduro,
Apodrece-nos a língua.

Os amores passageiros,
têm febres fúteis
E o beijo demasiado verde
esfola-nos os lábios

Porque ao querer amar
pela beleza do gesto,
O verme da maçã
escorrega-nos entre os dentes
Ele roe-nos o coração,
o cérebro e o resto.
Esvazia-nos lentamente.

Mas quando ousamos amar
pela beleza do gesto,
Esse verme na maçã
que nos escorrega entre os dentes
Toca-nos o coração, o cérebro e deixa-nos
o seu perfume lá dentro

Os amores passageiros,
Fazem esforços inúteis.
As suas carícias efêmeras,
Cansa-nos o corpo.

Os amores que duram
Tornam os amantes menos belos.
As suas carícias usadas
Dão cabo de nós. pela beleza do gesto?
Você já mordeu
a maçã com todos os dentes?
Pelo sabor do fruto,
a sua doçura e seu gesto
Já se perdeu algumas vezes?

Sim, eu já amei
Pela beleza do gesto.
Mas a maçã era dura,
e quebrei os dentes.
Essas paixões imaturas,
esses amores indigestos
Deixaram-me mal disposto algumas vezes.

Mas os amores que duram
Tornam os amantes exaustos
E o beijo deles demasiado maduro,
Apodrece-nos a língua.

Os amores passageiros,
têm febres fúteis
E o beijo demasiado verde
esfola-nos os lábios

Porque ao querer amar
pela beleza do gesto,
O verme da maçã
escorrega-nos entre os dentes
Ele roe-nos o coração,
o cérebro e o resto.
Esvazia-nos lentamente.

Mas quando ousamos amar
pela beleza do gesto,
Esse verme na maçã
que nos escorrega entre os dentes
Toca-nos o coração, o cérebro e deixa-nos
o seu perfume lá dentro

Os amores passageiros,
Fazem esforços inúteis.
As suas carícias efêmeras,
Cansa-nos o corpo.

Os amores que duram
Tornam os amantes menos belos.
As suas carícias usadas
Dão cabo de nós.