Lembrança de Morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao deobre de um sineiro;
Como o desterrro de minh'alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noite de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a vedade santa e nua,
Verei cristalizar-se osonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta - sonhou - e amou na vida.-
Sombras do vale, noites da montanha
Que minh'alma antou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua prantear-me a lousa!
Álvares de Azevedo, poeta romântico brasileiro,
morreu vítima da tuberculose - a tísica - antes de completar vinte e um anos.
Talvez a tuberculose tenha agravado o estado de pessimismo
no nosso poeta de tendências byronianas,
mas o fato é que até hoje seus poemas são lidos com certo fervor e devoção,
caracterizando-o como um dos mais mórbidos poetas da nossa literatura.
Infelizmente, poucas pessoas conhecem sua obra na íntegra,
apenas cultivando-o por poemas como o que está aqui transcrito.
Mas nosso jovem bardo também compôs poemas de caráter satírico
nos quais ele criticava - inclusive - os excessos do byronismo.
Paradoxal? Então leia a peça teatral "Macário".
morreu vítima da tuberculose - a tísica - antes de completar vinte e um anos.
Talvez a tuberculose tenha agravado o estado de pessimismo
no nosso poeta de tendências byronianas,
mas o fato é que até hoje seus poemas são lidos com certo fervor e devoção,
caracterizando-o como um dos mais mórbidos poetas da nossa literatura.
Infelizmente, poucas pessoas conhecem sua obra na íntegra,
apenas cultivando-o por poemas como o que está aqui transcrito.
Mas nosso jovem bardo também compôs poemas de caráter satírico
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Stephen King escreveu, em "Sombras da Noite", um conto - cujo título eu não me lembro em absoluto - que se assemelhava ao livro "Decamerão", obviamente sem as contações de histórias. É um grupo de jovens fugindo, num futuro não muito distante, de uma nova praga. Um deles comenta que era estranho, pois todos achavam que a humanidade acabaria com a terra, mas estava sendo dizimada por um vírus. A curiosidade vai crescendo e o leitor fica se perguntando que nova praga seria essa. Não mais a Peste Negra, ou seja, a Febre Bubônica, mas... que seria?... O tal vírus é colocado como um número, quem tivesse pego o número tal, não pegaria o vírus número outro, que este sim, era fatal. E, tal como em Decamerão, eles saem de cidade em cidade, tentando driblar o vírus...da GRIPE.
-GRIPE?!?... como assim???... - dirá o meu leitor inconformado e incréu - só uma gripezinha?
Gripezinha?... gente! menos. Dor de cabeça tonitroante, corpo todo machucado e se maldizendo, tosse dolorida (sim! os pulmões se fazem sentir também), nariz entupido, "cansaço" respiratório, febre, espirros, mal-estar generalizado, dor de barriga.... Têm certeza que uma gripe hoje em dia pode ser chamada só de uma "gripezinha"?!
Quiçá Stephen King não esteja correto e a humanidade não termine graças a um supervírus de uma supergripe que nenhum superhomem conseguirá derrubar com um supermurro.
Na realidade, este post foi só para constatar o meu estado de saúde... precário.
Agora, com licença, que meus dedos também doem e minha cama reclama a minha presença urgente urgentíssima .
Ah, sim! agora deu para entender porque escolhi o poema de Álvares de Azevedo para hoje? =P . Detalhe: a tuberculose tem voltado a atacar, observem as propagandas da TV Cultura.
Stephen King escreveu, em "Sombras da Noite", um conto - cujo título eu não me lembro em absoluto - que se assemelhava ao livro "Decamerão", obviamente sem as contações de histórias. É um grupo de jovens fugindo, num futuro não muito distante, de uma nova praga. Um deles comenta que era estranho, pois todos achavam que a humanidade acabaria com a terra, mas estava sendo dizimada por um vírus. A curiosidade vai crescendo e o leitor fica se perguntando que nova praga seria essa. Não mais a Peste Negra, ou seja, a Febre Bubônica, mas... que seria?... O tal vírus é colocado como um número, quem tivesse pego o número tal, não pegaria o vírus número outro, que este sim, era fatal. E, tal como em Decamerão, eles saem de cidade em cidade, tentando driblar o vírus...da GRIPE.
-GRIPE?!?... como assim???... - dirá o meu leitor inconformado e incréu - só uma gripezinha?
Gripezinha?... gente! menos. Dor de cabeça tonitroante, corpo todo machucado e se maldizendo, tosse dolorida (sim! os pulmões se fazem sentir também), nariz entupido, "cansaço" respiratório, febre, espirros, mal-estar generalizado, dor de barriga.... Têm certeza que uma gripe hoje em dia pode ser chamada só de uma "gripezinha"?!
Quiçá Stephen King não esteja correto e a humanidade não termine graças a um supervírus de uma supergripe que nenhum superhomem conseguirá derrubar com um supermurro.
Na realidade, este post foi só para constatar o meu estado de saúde... precário.
Agora, com licença, que meus dedos também doem e minha cama reclama a minha presença urgente urgentíssima .
Ah, sim! agora deu para entender porque escolhi o poema de Álvares de Azevedo para hoje? =P . Detalhe: a tuberculose tem voltado a atacar, observem as propagandas da TV Cultura.
4 comentários:
Eu estranhei ver o blogue tão só.
As melhoras rápidas.
;)
Com esse tempo doido, só melhorando para logo mais, piorar de novo... hmpf!
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