terça-feira, 4 de agosto de 2009
"Teci sozinha o meu Linho..."
(Rosalía de Castro)
(1837, Santiago de Compostela (Espanha)/ 1885, Padrón (Espanha))
Teci sozinha o meu Linho,
semeei só minha horta
e só, vou pôr lenha ao monte,
e só, vejo-a arder no lar.
Nem na fonte, nem no prado,
assim morra com meu fardo,
ele não há de vir-me erguer
nem na terra me deitar.
Que tristeza! O vento zoa,
canta o grilo o seu compasso...
Ferve a panela... meu caldo
sozinha o hei de cear.
Cala, rola; os teus arrulhos
ânsias de morrer me dão.
Cala, grilo, que se cantas
sinto negra solidão.
Meu companheiro perdeu-se,
ninguém sabe aonde vai...
Andorinha que passaste
com ele as ondas do mar,
Andorinha, voa, voa,
vem dizer-me onde ele está.
(Tradução: Eclea Bosi)
Leia mais poesias de Rosalía de Castro:
- Antonio Miranda
- Poesia Latina
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário