terça-feira, 4 de agosto de 2009

(sem título)



(Victor Hugo
1802, Besançon (França)/ 1885, Paris (França))


Oh! vem quando eu dormir, ao pé de onde me deito,
como, outrora, a Petrarca ia Laura; e, ó visão,
que eu sinta o teu perfume e ele me toque o peito...
De repente em meu leito,
meus lábios sorrirão!

Sobre a minha cabeça, onde talvez falece
o negro sonho que é minha eterna aflição,
que desça o teu olhar como um sol que alvorece...
Súbito, minha prece,
meus sonhos brilharão!

Depois, em minha boca, onde volteja ardente
uma chama de amor que os astros bendirão,
deixa um beijo; e, mulher, em vez de anjo, presente,
Verás que, de repente,
Meus olhos se abrirão!


[b]Para ler mais poesias de Victor Hugo:[/b]

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