Coração Materno
esquete teatral tipo play-back
baseada na canção homônima de Vicente Celestino
Personagens: Chico - campônio / Pedro Yuri
Dora - mulher do campônio / Luana Jucá
Maria - mãe do campônio / Jéssica
Fofoqueiros / Luana Normandia e Iago
Meninos jogando bola / Marcelo Filho, Reinaldo Braga, Guilherme
Narradora / Nayanna Laleska
Tempo: atual
Cenário: estrada e oratório
(Dora está aborrecida. Chico tenta de tudo: abraçá-la, ela o repele; beijá-la, ela se afasta esfregando o rosto com a palma da mão como se estivesse enojada dele. Perceb-se claramente que ela está aborrecida com ele. Desesperado, ele se joga aos pés dela e, enquanto ela vai se afastando, ele - ainda de joelhos - faz súplicas com as mãos e expressão facial)
NARRADORA: Disse um campônio à sua amada: "Minha idolatrada, diga o que quer! Por ti vou matar, vou roubar. Embora tristezas me causes, mulher, quero provar que te quero!"
(Enquanto a narradora recita o texto, Dora e Chico contracenam. Dora parece querer rir, mas prefere testar mais o amor do seu Chico.)
NARRADORA: E o campônio continuou: "Venero teus olhos, teu porte, teu ser. Mas me diga, por favor! Espero a tua ordem! Por ti faço tudo, nada mais me importa, posso matar ou morrer!"
(Nesse instante, Dora se vira com um leve sorriso e "fala" ao marido)
NARRADORA: E a esposa, para brincar com ele, disse-lhe: "Se a tua louca paixão é mesmo de verdade, então parte, vá! agora mesmo e para mim vá buscar o coração inteiro de tua mãe!".
(Chico se levanta ao fim dessas palavras e vai para o outro lado do palco, onde se encontra, desde o início, Maria rezando seu terço. Dora, ao vê-lo sair, cai desesperada, chorando, no chão da estrada. Era tudo uma brincadeira, ele não percebera?)
NARRADORA: E a correr o campônio partiu, como um raio na estrada sumiu. E a sua amada, ficou tal qual uma louca, e na estrada a chorar tombou, caiu. Ao chegar à choupana onde sua mãezinha morava, encontrou-a, ajoelhada, a rezar por ele. O demônio rasgou-lhe o peito, fazendo tombar a pobre velhinha aos pés do altar. tira do peito sangrando da pobre mãezinha o pobre coração.
(Obviamente que, enquanto a narradora diz o texto, Chico surpreendeu a mãe rezando e rasgando-lhe o peito, pegou-lhe o coração, levanta o coração sobre a própria cabeça, com ar de vitorioso, enquanto a narradora prossegue:)
NARRADORA: Com o coração nas mãos, o monstro proclama, muito contente: "Vitória! vitória! aqui está a prova da minha paixão!" e sai, rindo, com o coração.
Mas no meio da estrada caiu e uma perna sua partiu
(Na estrada, os fofoqueiros observam-no e comentam, murmuram, escandalizados. Os meninos jogando bola, acertam-lhe uma bolada, da qual o faz cair e derrubar o coração, que salta longe. Ele fica parado, com cara de quem está sentindo dor na perna, que se machucou)
NARRADORA: Saltou-lhe da mão o pobre coração, que caiu sobre a terra à distância. Nesse instante uma voz ecoou:
VOZ (em off - voz preocupada e doce, típica de mãe): Machucou, filho meu? Vem buscar-me, filho, que aqui estou. Vem buscar-me, que ainda sou teu.
(Música de Vicente Celestino: Coração Materno. Os atores se dão as mãos e agradecem à platéia. Música abaixa. )
CHICO: Boa noite a todos. Esta apresentação tem como objetivo homenagear as mães e reconhecer que coração materno perdoa sempre as mágoas que os filhos fazem. Obrigada, mãe, pelo seu amor incondicional. Esperamos não magoá-las tanto.
TODOS: Feliz Dia das Mães!
(Fecha-se o pano)
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Foto ilustrativa nesta postagem
Título: Mãe
Autor: desconhecido
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Site: http://vagalume.uol.com.br/vicente-celestino/coracao-materno.html
(Música original que inspirou a esquete acima)
Vicente Celestino - Coração Materno
Disse um campônio a sua amada
Minha idolatrada
Diga o que quer
Por ti vou matar
Vou roubar
Embora tristezas me causes, mulher
Provar quero que te quero
Venero teus olhos, teu porte, teu ser
Mas diga, tua ordem espero
Por ti não importa matar ou morrer!
E ela disse ao campônio a brincar
Se é verdade tua louca paixão
Parte já e pra mim vai buscar
De tua mãe inteiro o coração
E a correr o campônio partiu
Como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou
A chorar na estrada tombou
Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando
Da velha mãezinha o pobre coração
E volta a correr proclamando
"Vitória! Vitória! Tem minha paixão!"
Mas em meio da estrada caiu
E na queda uma perna partiu
E à distância saltou-lhe da mão
Sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou
"Magoou-se pobre filho meu?
Vem buscar-me, filho, aqui estou
Vem buscar-me, que ainda sou teu!"
Site sobre Vicente Celestino: cifrantiga3.blogspot.com
3 comentários:
Fiquei sem palavras.
Porque estou bem atrasada não posso desejar um dia feliz, mas envio daqui um beijo de agradecimento a todas as mães brasileiras, mães que labutam, cansam, lutam... e sempre têm um sorriso para os seus filhos.
:)
Às mães de todo o mundo, pois! A tempo: Vicente Celestino era um cantor das décadas de 50-60. Hoje, podemos dizer: "Que gótico!!!" ;D
o que eu estava procurando, obrigado
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